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A alta da inflação, desaceleração econômica e juros mais elevados têm levado economistas a revisarem estimativas diante do ambiente mais desafiador. Neste contexto, o mercado financeiro revisou para baixo, pela décima semana, sua projeção para o crescimento da economia brasileira este ano. Agora, a estimativa é de expansão de 4,58% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, ante 4,65% na semana anterior. Os dados constam no relatório Focus, divulgado pelo Banco Central na manhã desta segunda-feira (20).
Para 2022, as expectativas foram mantidas em crescimento de 0,50% do PIB.
Os economistas têm monitorado atentamente o avanço da inflação no país, que já ultrapassa dos 10,7% em 12 meses. Para 2021, o Focus aponta agora para alta de 10,04% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em linha com os 10,05% estimados anteriormente.
Para o próximo ano, a projeção é de alta de 5,03% da inflação, também praticamente sem alterações na comparação com os 5,02% projetados no último levantamento.
Diante da forte pressão inflacionária, o mercado financeiro estima uma taxa Selic acima dos patamares registrados nos últimos anos. Segundo o Focus, a taxa básica de juros deve encerrar 2022 a 11,50% e 2023, a 8,00% ao ano – sem alterações em relação à semana passada.
Em 2021, a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) elevou os juros a 9,25%, no maior patamar desde 2017.
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Por fim, no câmbio, os economistas ouvidos pela autoridade monetária estimam dólar negociado a R$ 5,60 ao fim deste ano (ante R$ 5,59) e a R$ 5,57 em dezembro de 2022 (ante estimativa de R$ 5,55).