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(ANSA) – O candidato da esquerda, Gabriel Boric, 35 anos, foi eleito na noite deste domingo (19) como o novo presidente do Chile ao derrotar o representante da extrema-direita, José Antonio Kast.
Apesar das pesquisas de opinião apontarem uma disputa acirrada, Boric venceu com ampla margem: foram 55,86% dos votos (quase 4,6 milhões de votos) contra 44,14% de Kast (3,6 milhões). A afluência às urnas foi de cerca de 55%, a mais alta do país desde que as eleições deixaram de ser obrigatórias e foi bastante superior à do primeiro turno, que era de 47,3%.
Kast reconheceu a derrota pouco depois de mais de 60% das urnas apuradas e desejou bom trabalho para o novo presidente. No fim da noite, se dirigiu ao comitê central de Boric para cumprimentá-lo pessoalmente.
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Já as ruas da capital do país, Santiago, foram tomadas por milhares de pessoas que repetiram cantos e frases da época do fim do regime de Augusto Pinochet (1973-1990). “O povo unido, jamais será vencido”, gritavam os apoiadores.
Em seu primeiro discurso, o presidente mais jovem da história do Chile disse que governará “para todos” e que “começou a temporada de mudanças que deve aprofundar a justiça social e a democracia neste país”.
“O Chile precisa de todos aqueles que fazem parte do povo e estou convicto que as reformas que faremos, para ter sucesso, precisam do amplo apoio entre as diversas forças políticas”, disse ainda reforçando que irá “proteger a democracia junto às pessoas do país”.
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Já nesta segunda-feira (20), Boric se reunirá com o atual mandatário, Sebastián Piñera, para iniciar o projeto de transição política. A posse formal do novo presidente ocorrerá em 11 de março de 2022.
Boric ganhou ampla notoriedade por sua participação ativa nos protestos estudantis de 2019 e agora ainda terá a missão de colocar em aprovação a nova Constituição do Chile, que está sendo preparada por uma assembleia independente.