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No ano de 2021, o Ibovespa ficou marcado por duas leituras totalmente atípicas em relação ao primeiro e segundo semestre.
Nos primeiros seis meses do ano, tivemos um cenário de grandes expectativas em relação ao desenrolar da vacinação em todo o mundo. No Brasil, em especial, tivemos a retomada da economia, com a abertura gradual dos mercados, além de um completo otimismo em relação ao final de uma das fases mais difíceis vividas nos últimos anos, a pandemia causada pelo vírus Covid-19.
Levando em conta esses fatores, o principal índice brasileiro subiu quase que em linha reta no período entre janeiro e junho. Na imagem abaixo, podemos observar o desempenho ascendente do Ibov no período mencionado:
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Após o final de junho, surgiu a variante Delta da Covid-19, que fez com que alguns países da Europa voltassem com algumas medidas restritivas.
Certas economias mostraram sinais de fragilidade, com números abaixo do esperado. Além do fenômeno da inflação, que começou a assombrar os principais bancos centrais em uma fase de recessão.
Recentemente, teve o aparecimento da variante Ômicron – que se mostrou mais contagiosa e levantou dúvidas quanto a eficiência das vacinas existentes em relação a essa nova variante. No Brasil, ainda tivemos o assombro em relação ao teto de gastos e a PEC dos Precatórios.
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Na imagem acima, conseguimos ver um desempenho de +6,55% do primeiro pregão do ano (04/01/2021) ao último do primeiro semestre (30/06/2021), sendo que a máxima chegou a ultrapassar os +10% de alta intra semestre.
Já na imagem abaixo, podemos ver o viés baixista do índice no segundo semestre, com queda acumulada até a última segunda-feira (06), de -15,38% desde 01/07/2021 e queda de -21,06% no pior momento da segunda metade do ano.
Quando falamos sobre a importância do mês de dezembro em relação ao futuro do índice, nos referimos ao comportamento visto nessa primeira dezena do mês, com excelente retomada da performance dos ativos.
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Na última semana, o Ibov subiu 2,6% com a aprovação da PEC dos Precatórios e com algumas notícias publicadas por laboratórios que produzem as vacinas, afirmando que elas contam com proteção à variante Ômicron.
Mais uma vez, hoje o mercado se empolga, mostrando força neste começo de semana, além de acumular uma alta de mais de 2%.
Apesar disso, algumas incertezas ainda aumentam os temores acerca do futuro dos mercados, como: falta de informações concretas sobre a variante Ômicron, riscos políticos e fiscais no Brasil e a forma com qual será conduzida a PEC dos Precatórios, em Brasília.
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Outro evento que parece fechar o calendário econômico brasileiro é a reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom), que vai revelar em que patamar a taxa básica de juros (Selic) vai fechar o ano de 2021. O mercado segue com a expectativa de que a autoridade monetária elevará a taxa a 9,25% ao ano.
Dessa forma, não são esperadas grandes mudanças ou eventos até a virada do ano. Inclusive, o gráfico já começa a dar sinais de recuperação. Somadas às altas dos últimos três pregões, o desempenho do Ibovespa ficou em mais de +6%, e o patamar alcançado nesta última segunda-feira (6) é o maior desde a primeira metade de novembro.
Sendo assim, dezembro acumula a alta de mais de 5% e a marca de 107.000 foi superada no intraday – o que pode ser interpretado muito positivamente.
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Agora, esperamos que o mercado ultrapasse duas novas máximas para confirmar essa reversão de tendência do médio prazo. A primeira marca fica na máxima de novembro, em 108.670. Já a segunda marca fica em 109.370, ultrapassando essas regiões. O próximo objetivo a ser buscado é ficar no patamar de 115.295, onde se encontra a média de 200 períodos moderada, além das máximas de setembro e outubro.
O mês de dezembro pode ser decisivo para o nosso mercado. Quem souber se posicionar poderá encontrar ótimas oportunidades!
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