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A Cosan (CSAN3) anunciou na última segunda-feira (20) que fechou a compra de cerca de 47% de participação da gestora de propriedades agrícolas Radar por R$ 1,479 bilhão. O contrato foi firmado com a Mansilla, veículo do fundo de investimento TIAA.
Após a compra, a Cosan passará a deter mais de 50% do total do capital social da Radar. Segundo o fato relevante, a Radar possui ativos com alto potencial produtivo no Brasil. “Por meio de um sistema de geomonitoramento via satélite, detém e administra cerca de 390 propriedades rurais com um total de 96 mil hectares, dedicados ao cultivo de cana-de-açúcar, soja, algodão, milho e outros nos Estados de São Paulo, Maranhão, e Mato Grosso”, afirma a empresa em fato relevante.
De acordo com a empresa, o movimento está alinhado à estratégia de alocação de capital da Cosan, reforçando o compromisso da companhia com o desenvolvimento do agronegócio brasileiro e com a criação de valor para seus stakeholders.
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O fechamento definitivo da operação está condicionado à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Na avaliação do Itaú BBA, a notícia é positiva, com a aquisição parecendo acretiva do ponto de vista de valuation. A transação implica em uma precificação de R$ 3,2 bilhões, apenas 2% acima do valuation utilizado para a venda em 2016.
“Olhando apenas para isso, a aquisição já parece atrativa do ponto de vista do custo de oportunidade, dada a taxa média de juros desde a venda [que a companhia fez de sua participação, em 2016], de cerca de 7% ao ano. Além disso, é importante observar a valorização fundiária nessas regiões. De acordo com o IHS Markit, o valor da terra nesses estados aumentou em: i) 11% para as atividades de plantio de cana-de-açúcar e grãos em São Paulo; ii) 63% para o plantio de cana-de-açúcar e 117% para o plantio de grãos em Mato Grosso; e iii) 47% para plantio de grãos no Maranhão”, apontam os analistas.
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Os analistas do banco lembram que a Cosan vendeu sua participação em 2016 porque estava em busca de outros segmentos para se expandir. No entanto, com a holding em um patamar mais maduro – já tendo alcançado vários marcos em sua história de investimento (por exemplo, reestruturação societária, IPO da Raízen e colocação privada da Compass, entre outros) – e com seu know-how no segmento, eles acreditam que a Cosan será capaz de desbloquear valor da Radar. A recomendação dos analistas para o ativo CSAN3 é outperform (desempenho acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 30, ou potencial de alta de cerca de 30% em relação ao fechamento da véspera.
(com Estadão Conteúdo)
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