O ano de 2022 ainda nem começou e já movimenta o país nas esferas sociais e, principalmente, na economia. Afora o fato de ser um ano eleitoral, fator que por si só já causa sozinho grande comoção no mercado, o período que se aproxima deverá ser marcado por questões como o risco fiscal, inflação, câmbio elevado e continuidade do desequilíbrio no fornecimento de insumos para diversas indústrias.
O que se viu em agosto pode ser considerado uma prévia do que virá, com inflação em ascensão: de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador ficou em 0,9% – o maior para o mês em 21 anos – e acumulou 9,7% em 12 meses.
Com isso, o Banco Central está tendo que manobrar os juros: a Selic, a taxa básica da economia, já foi esticada da mínima de 2%, no começo do ano, para 5,25%, agora.
Controlar os preços por meio dos juros, no entanto, pode causar um importante reflexo no consumo no país. Com uma taxa maior, empréstimos e financiamentos ficam mais caros, um cenário que pode inibir as aquisições de bens no mercado, um banho de água fria para setores que estão em processo de retomada pós-pandemia, como é o caso, por exemplo, do automotivo, construção civil e linha branca.
O dólar valorizado ante o real complica ainda mais a vida da indústria e do comércio que dependem de produtos importados para operar. Neste caso, os setores afetados têm demonstrado que não existe alternativa senão repassar o aumento do custo para o preço final de seus produtos, que acabam, portanto, chegando mais caro na ponta para o consumidor.
Diante de tudo isso é possível observar que são grandes as incertezas em torno de dois importantes pilares, no caso, demanda e emprego. Com o financiamento e insumos mais caros, e consequente tabela de preços elevada, há dúvidas no mercado a respeito dos negócios no ano que vem, e se o volume gerado será suficiente para manter as operações das empresas como estão ou se será necessário enxugar os quadros.
Com o desemprego em alta, o ano que vem pode apresentar períodos de recessão, queda da renda das famílias e recuo do consumo no mercado interno.
“Há fatores que vão exercer um papel muito relevante no mercado financeiro no ano que vem. O primeiro deles é a situação fiscal do país, que impacta a curva de juros. E, no topo, temos dificuldades na questão cambial, que é influenciada tanto por motivos internos quanto pelo cenário atual da geopolítica mundial”. As palavras são de Jennie Li, estrategista da XP. Jennie Li foi analista no J.P. Morgan Asset Management em Nova Iorque, onde conduzia pesquisas sobre a economia e os mercados de capitais globais, responsável por publicações como o Guide to the Markets, nas versões EUA e América Latina.
Assim, será necessária uma grande preparação para saber onde investir em 2022, já que, como aconteceu em outras épocas na história marcadas por forte crise, existem oportunidades para aplicar em mercados que estão sendo beneficiados pelo atual quadro econômico não só do Brasil, mas também em outros países. Por isso a XP lançou a série Protocolo XP: 2022, evento criado para que o investidor, seja ele pessoa física ou pessoa jurídica, possa aumentar as chances de obter ganhos na bolsa e em outras classes de ativos. Clique aqui para participar gratuitamente..
“No mercado financeiro polarização significa incerteza e incerteza traz volatilidade. Para alguns, volatilidade pode ser sinônimo de risco. Mas, com o acompanhamento certo a volatilidade pode ser um caminho para oportunidades”, afirma Li, que também é a apresentadora da série Protocolo XP: 2022.
As oportunidades para 2022
O mercado de commodities, por exemplo, tem registrado desempenho operacional relevante na esteira do dólar valorizado, uma vez que os produtos agrícolas e pecuários têm a sua cotação atrelada à moeda estrangeira.
Outro mercado em ascensão é o do comércio eletrônico, que experimenta um boom sem precedentes durante o período da pandemia – o consumidor, que passou a viver e a trabalhar em casa nos últimos meses, recorreu às compras realizadas via internet como nunca na história.
Só neste exemplo é possível dimensionar forte impacto em uma longa cadeia. As compras pela internet carregam na esteira do seu crescimento setores como o de papel e celulose, imprescindível para produção de embalagens, setor de veículos comerciais responsáveis pelo deslocamento da carga, setor de logística que armazena os produtos, dentre outros que também se beneficiam do momento.
Não à toa as ações da Magazine Luiza e Via Varejo, dois grandes players do comércio eletrônico, foram as que mais se valorizaram na Bolsa de Valores B3 nos últimos meses.
E por falar em produtos financeiros, como as ações, o ano de 2022 pode ser visto como um bom momento para os investidores se posicionarem no mercado – desde que saibam onde encontrar as oportunidades e que tenham em mãos as ferramentas certas para buscar boas chances de rentabilidade.
Protocolo XP
Para mostrar aos investidores o caminho certo no ano que se aproxima, a webserie Protocolo XP: 2022 aborda os principais eventos esperados para acontecer no ano que vem e, principalmente, como se preparar para investir em meio à turbulência.
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