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SÃO PAULO – Com cotas pressionadas na Bolsa, ainda que com dividendos consistentes, os fundos de lajes corporativas devem se recuperar à medida que a vacinação avançar no Brasil e o nível de previsibilidade, aumentar. É dessa forma que Carlos Martins, sócio e gestor responsável pelos fundos imobiliários de equity da Kinea, enxerga o mercado.
Ao participar do Liga de FIIs desta terça-feira (31), o gestor ressaltou que não vê mudanças drásticas no segmento de escritórios, ainda que novos modelos de trabalho possam, sim, ser adotados pelas empresas.
“O home office vai existir; o que achamos é que ele não vai destruir os escritórios. Vamos ter um modelo mais híbrido, mas, por outro lado, teremos um layout menos adensado, com mais sala de reunião, mais sala de videoconferência”, afirmou.
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Ao longo da crise gerada pela pandemia, Martins relata ter sentido um aumento de vacância no segmento de lajes como um todo em São Paulo, região que responde pelo principal mercado da indústria, em um movimento contrário ao visto até o início de 2020.
Entre os principais fundos imobiliários de lajes do mercado, todos negociam hoje com algum nível de desconto na B3 e a maioria acumula queda das cotas no ano.
Com a pandemia, diz Martins, a maioria das empresas acabou segurando contratos, buscando entender como seria o novo modelo de escritório. “Achamos que a vacinação seria um trigger [gatilho] importante para o setor, porque permite que as empresas comecem a fazer a volta para o escritório”, ressalta.
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Na visão do gestor da Kinea, contudo, a retomada do mercado não será uniforme e cabe ao investidor selecionar bem a carteira, assim como a localização e a qualidade dos ativos. “Não precisa ser tudo ‘triple A’, mas precisa ter boa localização.”
E o dividendo tende a aumentar conforme a vacância for reduzida, dando a possibilidade de reajuste dos aluguéis acima da inflação.
Apesar de preços mais altos, a Kinea ainda vê o mercado de São Paulo como o mais importante para o segmento de escritórios e hoje também começa a enxergar oportunidade no modelo de desenvolvimento para criação de renda, como na região de Pinheiros, na capital paulista.
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RECT11 x XPPR11
Programa quinzenal apresentado por Beatriz Cutait, editora de Investimentos do InfoMoney, e com a participação de Maria Fernanda Violatti, analista de research e real estate da XP, e Thiago Otuki, economista do Clube FII, o Liga de FIIs é dividido em três blocos.
Além de contar com Martins, da Kinea, como convidado da última edição, o programa apresentou as principais notícias do mercado e teve uma batalha de FIIs entre REC Renda Imobiliaria (RECT11) e XP Properties (XPPR11). Confira aqui para ver qual fundo se saiu melhor.
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