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SÃO PAULO — O ataque cibernético que sofreu a Renner (LREN3) nesta semana gerou “repulsa” ao CEO da Marisa (AMAR3), Marcelo Pimentel, que destacou que o chamado ransomware não foi fruto de fragilidade da concorrente e que todas as empresas estão vulneráveis a esse tipo de crime.
“Eu quero expressar aqui toda a minha repulsa ao que aconteceu com a Renner e dizer que isso não é uma fragilidade deles, é um problema dos criminosos. Todas as empresas estão vulneráveis. Somos competidores no high street, mas os respeitamos muito e sabemos o quanto eles trabalham com muita diligência neste contexto. Todo meu apoio a eles”, disse o executivo em live do InfoMoney na sexta-feira (20).
A live faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, em que o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Eles falam sobre o balanço do segundo trimestre de 2021 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.
Pimentel destacou que a Marisa tem trabalhado em segurança há muitos anos, com processos jurídicos de monitoramento. “No contexto de LGPD, nós também fizemos um esforço para ficar 100% compliant. (…) Você tem que ficar varrendo seu sistema constantemente porque é um mercado muito grande da parte criminal tecnológica. É prejudicial para a organização, mas também para o cliente”, afirmou.
Adalberto Pereira Santos, CFO da companhia, que também participou da live, comentou sobre o braço financeiro da Marisa, o MBank. “Estamos trabalhando na digitalização de todo o nosso portfólio de produtos e tudo isso já foi traduzido em nosso app. Hoje, via app, a contratação de serviços, a contratação de empréstimos e de seguros, essas operações são feitas de forma bem mais prática do que quando só eram feitas no mundo físico”, disse.
Os executivos falaram ainda sobre o impacto da pandemia sobre os negócios da empresa, o que retardou a virada de prejuízo para lucro no balanço, algo que agora só deve acontecer em 2022. Além disso, o plano de abertura de lojas que estava previsto para 2021 também deve ficar para o ano que vem. A Marisa, no entanto, planeja abrir dark stores para potencializar as operações das vendas online.
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Segundo Pimentel, o objetivo estratégico da companhia estima que nos próximos cinco anos as vendas online possam chegar a 25% das vendas totais da marca. Hoje, são 15%. Por isso a empresa tem feito investimentos em tecnologia e inovação. As iniciativas se refletem no nível de satisfação dos clientes, medido pelo chamado NPS, que atingiu o maior valor da história da empresa.
O CEO descartou a possibilidade de um movimento de M&A (fusão e aquisição) no curto prazo e disse que em breve a companhia também deve colocar no ar um market place da mulher. “Nós estamos num posicionamento muito peculiar que a gente quer proteger muito. (…) Nós acreditamos que a Marisa está posicionada de uma forma única para atender a mulher brasileira de classe C, trabalhadora, que é a única [marca] que pode falar de mulher para mulher e avançar nos produtos oferecidos especificamente para ela”, disse. Assista à live completa acima, ou clique aqui.
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