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SÃO PAULO – Com os números do segundo trimestre ainda impactados pela pandemia do coronavírus, a CVC (CVCB3) tiveram queda expressiva de suas ações. Os papéis fecharam com queda de 8,56%, a R$ 17,20.
A sessão desta segunda-feira (16) foi negativa para o setor de viagens e aviação como um todo, também repercutindo a maior aversão ao risco com os sinais do avanço da variante delta do coronavírus pelo mundo. As ações da Azul (AZUL4) fecharam em baixa de 3,89%, a R$ 35,34, os papéis da Gol (GOLL4) tiveram perdas de 5,11%, a R$ 17,45, enquanto o papel da Embraer (EMBR3), que tinha saltado na sexta após o resultado, fechou em baixa de 6,45%, a R$ 19,45.
A operadora de viagens CVC reportou na sexta-feira (13) após o fechamento prejuízo líquido de R$ 175,570 milhões no segundo trimestre deste ano, perda 30,4% menor que a registrada um ano antes, de R$ 252,129 milhões (veja mais clicando aqui).
Em comentários da administração que acompanham o informe de resultados, a empresa atribui o desempenho do período aos efeitos produzidos pela pandemia da covid-19 em suas operações, especialmente no Brasil. “Permanecemos otimistas com os prognósticos para o segundo semestre e início de 2022 e atentos aos eventuais desdobramentos da pandemia”, acrescenta a CVC. No acumulado do semestre, o prejuízo diminuiu de R$ 1,403 bilhão para R$ 257 milhões.
Na mesma base de comparação, a empresa obteve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado negativo de R$ 130,834 milhões, contra Ebitda também negativo de R$ 164,366 milhões no mesmo período de 2020. No semestre, o Ebitda ajustado ficou negativo em R$ 194,279 milhões, ante R$ 189,769 milhões de um ano antes.
Já a receita líquida ficou em R$ 115,6 milhões no segundo trimestre, ante R$ 3 milhões informado um ano antes. O avanço se deve à retomada das atividades, afirma a companhia, mesmo com a segunda onda de covid tendo impactado o trimestre.
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A CVC ainda nomeou Marcelo Kopel, ex-Itaú Unibanco, como novo diretor de finanças e relações com investidores. A companhia também elevou a participação na VHC Hospitality, de 69% para 100%.
Na avaliação do Bradesco BBI, os resultados foram mistos com uma tendência mais forte do que o esperado nas reservas, mas por outro lado com uma taxa de aquisição fraca.
Para os analistas, o problema da take rate (percentual da receita liquida sobre as reservas) parece temporário, visto que um dos motivadores foi o embarque de reservas anteriores à Covid que haviam sido adiadas, embora possa haver algum empecilho adicional durante o próximo trimestre.
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“Há um impulso positivo por trás das reservas, com crescimento sequencial de 25% (embora de uma base relativamente baixa no primeiro trimestre de 2021) e a CVC observa que as reservas de junho (queda de 50% versus 2019) foram melhores do que o trimestre como um todo (queda de 61%)”, apontam.
Essa queda em relação a 2019 está amplamente em linha com o número de passageiros e a capacidade disponível de
assentos informados pela companhia aérea Gol no segundo trimestre de 2021.
O progresso do plano de vacinação deve ajudar esse impulso positivo a continuar no segundo semestre, embora os riscos claramente ainda permaneçam com o potencial de impactos negativos da nova variante delta.
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“Portanto, embora o ímpeto esteja melhorando, a visibilidade permanece limitada e as ações são negociadas a um forte P/L [preço sobre o lucro] de 38 vezes estimado para 2023”, avalia. O BBI mantém a recomendação neutra, com um novo preço-alvo de R$ 25 (estimado para 2022) contra o antigo preço-alvo de R$ 24.
Já a Guide ressalta que o resultado foi marginalmente negativo. “A receita foi abaixo do esperado pelo consenso de mercado. E ainda patina em uma recuperação. Os números das aéreas já estão um pouco melhores e a CVC não tem acompanhado”, apontam os analistas da casa.
(com Estadão Conteúdo)
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