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SÃO PAULO – Diante de um cenário político e fiscal mais conturbado, com discussões sobre manutenção do teto de gastos no ano que vem, adiamento da reforma tributária, pagamento de precatórios, além de sinais de que a retomada econômica segue forte, o mercado de títulos públicos negociados pelo Tesouro Direto acentua o movimento de alta na atualização da tarde desta sexta-feira (13).
No caso dos prefixados, destaque para o retorno do título prefixado com vencimento em 2031 e pagamento de juros semestrais, que avançava de 10,27% para 10,46% na atualização da tarde, ante 10,17% na sessão anterior.
Atenção também para o retorno de alguns papéis com retornos atrelados à inflação. O juro real pago pelo Tesouro IPCA+ com vencimento em 2055 e pagamento de juros semestrais, por exemplo, se manteve em 4,83% na primeira atualização e durante a tarde, mas avançou na comparação com o prêmio visto na sessão anterior de 4,71%.
Entre os demais títulos disponíveis no Tesouro Direto, de vencimentos mais curtos, as altas também eram expressivas. O juro do título prefixado com vencimento em 2024 subia de 9,30% para 9,45%, acima dos 9,22% vistos na sessão anterior, em mais um dia de recorde para os retornos oferecidos por esse título.
Da mesma forma, o prêmio pago pelo papel prefixado com vencimento em 2026 avançava de 9,67% para 9,82%, acima dos 9,57% da sessão de quinta-feira e voltando a ultrapassar a máxima histórica para esse papel, que tinha sido atingida ontem (12).
Confira os preços e as taxas atualizadas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto nesta sexta-feira (13):
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Radar local
O destaque na agenda econômica local está na divulgação do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), medido pelo Banco Central, apresentado nesta sexta-feira (13). Segundo a autoridade monetária, o IBC-Br, que é considerado uma boa proxy do Produto Interno Bruto (PIB), teve alta de 1,14% em junho na comparação com maio. Já na comparação com junho de 2020, o avanço foi de 9,07%.
O dado ficou bem acima do esperado. A expectativa, segundo consenso Refinitiv, era de alta de 0,4% na comparação mensal; já a Bloomberg apontava para uma alta de 0,5%.
Na cena política, investidores ainda digerem o adiamento da votação da reforma do Imposto de Renda, que agora está prevista para ser votada na próxima terça-feira (17), diante de fortes divergências entre governadores, prefeitos e empresários sobre o texto apresentado pelo relator, deputado Celso Sabino (PSDB-PA).
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Já o presidente Jair Bolsonaro voltou a falar ontem das forças armadas como poder moderador ao criticar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de autorizar inquérito contra ele por quebrar o sigilo das investigações da Polícia Federal sobre a invasão dos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O presidente disse que a investigação interessa a todos e, por isso, deveria ser pública.
A tensão política também esquentou o clima entre o poder Executivo e Judiciário, após o ministro do STF determinar nesta manhã a prisão de Roberto Jefferson (PTB-RJ) por participação em uma milícia digital que comete ataques à democracia.
Cena internacional
Em dia de agenda econômica mais morna no cenário externo, os índices das bolsas dos Estados Unidos registram leves ganhos depois de forte resultado da Disney.
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Analistas da Refinitiv destacam o bom resultado apresentado nos balanços do segundo trimestre deste ano. Segundo eles, 90% das ações listadas no índice S&P já divulgaram seus resultados e 88% delas superaram as estimativas do mercado.
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