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SÃO PAULO – Um ex-banqueiro experiente de banco gringo e um “quase” jogador de futebol que saiu das categorias de base de clubes paulistas para os “gramados” da Capitânia. Assim começa a história dessa gestora focada em crédito e ativos imobiliários.
No 32º episódio do Outliers, Arturo Profili, sócio-fundador, e Caio Conca, a “prata da casa”, que chegou à sociedade da companhia fazendo carreira na gestora, contam parte da história da Capitânia, que nem sempre teve todo o foco voltado para o mercado de crédito.
Profili atuava em um banco estrangeiro no Brasil, quando, após o encerramento das operações da instituição, ele se reuniu com outros sócios e decidiu fundar a Capitânia para manter a estrutura de pé. No início, o foco esteve voltado à estruturação de produtos de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) para clientes estrangeiros, além de contar com uma célula de consultoria.
A trajetória na parte de gestão nasce com o desejo de deixar de atuar como estruturador, passando a entender as oportunidades que o mercado apresentava. Na linha do tempo, a decisão acontece junto com o desenvolvimento do mercado de fundos de pensão e investidores institucionais, que passaram a olhar com bons olhos os fundos de crédito como opções de alocação de recursos.
A Capitânia começou, então, a fazer gestão dentro desse mercado, ainda com pouca diversificação em títulos e uma carteira mais concentrada em papéis high yield (de maior risco e promessa de retornos mais elevados).
Com o passar de quase duas décadas, a carteira ficou mais diversificada, com menor exposição ao mercado de emissões com maior grau de risco e com boa parte dos recursos em papéis do tipo high grade (grau de investimento, com menor risco) e mid grade.
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Para dar esse passo, contudo, foi necessária uma mudança relevante na gestora. No passado, a Capitânia chegou a ter foco na indústria de fundos multimercado e de ações, as mais tradicionais do Brasil. Sócios importantes atuaram nessa frente dentro da gestora, como Luiz Aranha, que hoje é sócio da Moat Capital.
Com o passar do tempo, a Capitânia mudou seu foco e entendeu que aqueles produtos não agregariam mais valor aos clientes. Por isso, decidiu migrar os esforços para a parte de crédito que sempre acompanhou a história da casa, além de um outro mercado que era pouco explorado por aqui ainda.
Um fundo de fundos imobiliários
O time de gestão da Capitânia percebeu que o mercado de fundos imobiliários poderia ser promissor, e Conca, peça mais jovem na equipe da época, já acompanhava esse segmento para buscar inferência de preço para ativos imobiliários. Foi justamente assim, por acaso, que nasceu o primeiro fundo da casa focado em FIIs, o Capitânia Reits, um fundo de fundos imobiliários.
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No começo, foi uma “passada de chapéu” para os clientes mais antigos e familiares da gestora, levantando recursos para dar o pontapé na estratégia. A curiosidade em relação ao mercado de FIIs ganhou força e, com Caio à frente, se tornou um dos pilares de gestão da Capitânia nos dias de hoje.
São cinco profissionais dedicados só à análise imobiliária, que abarca papéis (CRIs, principalmente) e fundos imobiliários. Para noção de grandeza, a casa tem 12 profissionais no time de gestão como um todo. Os demais sete são focados na célula de crédito, como é o caso de Profili.
E o cenário para os FIIs?
Essa pergunta tem despertado a curiosidade de muito investidor por aí. Para Conca, uma das categorias que mais está atraente no momento é a de lajes corporativas.
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Principalmente pautado na boa disposição de imóveis que os fundos imobiliários desse segmento têm como investimento e nos níveis de preços atuais. Para os investidores que possuem estômago para enfrentar pelo menos os próximos três anos, essa classe pode entregar bons resultados.
A entrevista completa com Profili e Conca, assim como os episódios anteriores do Outliers, pode ser conferida pelo Spotify, Deezer, Spreaker, Apple e demais agregadores de podcast.