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SÃO PAULO – Com uma melhora na expectativa para os lucros das empresas neste ano e no próximo, o Itaú BBA elevou suas projeções para o Ibovespa ao fim de 2021, de 135 mil para 152 mil pontos – o que implica potencial de alta da ordem de 20% ante o fechamento de quarta-feira (30).
Em relatório divulgado nesta quinta-feira (1), os estrategistas Marcelo Sá e Matheus Marques escrevem que, mesmo com a performance positiva do benchmark da Bolsa nos últimos meses, com ganhos de 6,5% no ano, o Ibovespa continua negociando a múltiplos abaixo da média histórica e com grande desconto em relação aos pares emergentes.
“A Bolsa brasileira é negociada hoje a um múltiplo Preço/Lucro de 10,4 vezes e, se atingisse nosso target, corresponderia a um múltiplo de 13,3 vezes, ainda atraente”, escreve o time de análise.
O otimismo, que tem como maior destaque o setor de commodities na Bolsa, é apoiado pelo avanço do calendário de vacinação no Brasil, com expectativa de retorno à normalidade da atividade econômica até dezembro. O BBA projeta crescimento de 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e inflação de 5,6%.
Na avaliação dos analistas, a evolução do debate da segunda fase da reforma tributária, que deve apresentar mudanças no texto entregue na semana passada, também será um catalisador importante para a performance do Ibovespa.
O maior risco para as projeções, na visão do Itaú BBA, seria o surgimento de variantes do coronavírus resistentes às vacinas.
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Nomes preferidos na Bolsa
Com uma visão otimista para o cenário macroeconômico em 2021, a preferência do Itaú BBA na Bolsa é por companhias de crescimento e do setor de commodities.
Os analistas escrevem que após o forte desempenho de nomes ligados ao tema de reabertura econômica, muito já está no preço desses papéis e, por isso, as recomendações já não são tão “óbvias”.
Quando analisados os setores na Bolsa, o segmento bancário deve se beneficiar de uma melhora do cenário macroeconômico este ano – e Bradesco é o nome preferido entre os “bancões”.
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Para açúcar e etanol, os analistas dizem ver uma relação de oferta e demanda favorável global, já que a produção brasileira deve ser maior para compensar as safras menores na Europa e na Ásia, e os preços devem permanecer elevados para a safra 2021 e 2022.
Já na distribuição de combustível, o Itaú BBA espera volumes maiores de vendas, em linha com as projeções para o crescimento do PIB brasileiro este ano.
Ainda no relatório, o Itaú BBA afirmou que substituiu Cyrela (CYRE3) por Cosan (CSAN3) em sua carteira recomendada.
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“Ainda que o valuation de Cyrela pareça atraente, vemos um horizonte de curto prazo negativo para a companhia em meio à alta dos juros e pressão de custos. Desde que foi adicionada ao portfólio, em fevereiro, a companhia apresenta queda de 15,2%”, escrevem os analistas.
Já a entrada de Cosan deve-se ao excelente time de administração da companhia, ao portfólio diversificado e de alta qualidade; à excelente alocação de capital e histórico; valuation atrativo e horizonte promissor de crescimento orgânico e inorgânico.
Confira, a seguir, os nomes preferidos do Itaú BBA na Bolsa:
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Empresa | Código | Setor |
Assaí | ASAI3 | Varejo |
Bradesco | BBDC4 | Bancos |
Banco Inter | BIDI11 | Bancos |
BTG Pactual | BPAC11 | Bancos |
Méliuz | CASH3 | Financeiro |
Cosan | CSAN3 | Óleo e gás |
Hapvida | HAPV3 | Saúde |
Magazine Luiza | MGLU3 | Varejo |
Suzano | SUZB3 | Papel e celulose |
Vale | VALE3 | Mineração |
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