Gestores têm aposta unânime de alta de 0,75 ponto da Selic hoje e voltam a se posicionar no “kit Brasil”

Desde a pesquisa anterior, a projeção mediana dos consultados para a taxa Selic ao fim de 2021 aumentou de 5,50% para 6,50% ao ano

Mariana Zonta d'Ávila

(Fokusiert/Getty Images)
(Fokusiert/Getty Images)

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SÃO PAULO – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deve elevar nesta quarta-feira (16) a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, de 3,50% para 4,25% ao ano, no terceiro aumento consecutivo de mesma magnitude.

É o que mostra levantamento feito pela equipe de fundos da XP com 40 gestores de estratégia multimercado macro da plataforma ao longo de sexta (11) e segunda-feira (14).

No último encontro, em maio, o aumento de 0,75 p.p. também já era amplamente esperado pelos gestores consultados, diante de revisões para cima nas perspectivas para a inflação.

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Desde o levantamento anterior, a projeção mediana dos consultados para a taxa Selic ao fim de 2021 aumentou de 5,50% para 6,50% ao ano, com previsões que oscilam de 5,75% a 6,75%.

Além disso, em meio ao otimismo com uma retomada da economia diante do avanço da vacinação, gestores elevaram significativamente suas apostas para o desempenho da atividade econômica este ano. A mediana das projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 subiu de 3,28% para 5,30%.

Com relação às projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), houve piora nas estimativas medianas dos gestores consultados, com a expectativa para 2021 elevada de 5,10%, em maio, para 6,00%, em junho.

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Por fim, no câmbio, após nova queda do dólar em maio, os gestores reduziram suas expectativas e agora esperam que a moeda americana encerre este ano cotada a R$ 5,10, ante R$ 5,40 no levantamento anterior.

“Kit Brasil” nas carteiras

Ainda de acordo com o levantamento da XP, a Bolsa brasileira segue como o posicionamento predominante entre as carteiras e hoje todos os gestores consultados estão, em maior ou menor grau, com uma expectativa positiva quanto ao desempenho das ações.

Na renda fixa, aumentou de 20% para 35% a quantia dos gestores que tem posições a favor da queda dos juros futuros. Segundo a XP, esse movimento pode ser um reflexo da revisão positiva para o cenário local e, com isso, uma visão de que os juros futuros podem oferecer taxas atrativas nos níveis atuais.

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Já no mercado de câmbio, com o quadro positivo para a moeda local, houve redução da proporção de gestores posicionados a favor do dólar, sendo que 53% dos gestores estão com posições pequenas a médias vendidas na moeda americana contra o real.

Participaram do levantamento as gestoras: Absolute, Ace Capital, ARX, Asa Investments, Asset 1, AZ Quest, Bahia Asset, BlueLine, BTG Pactual, Canvas Capital, Claritas Investimentos, Gap Asset, Garde, Gauss Capital, Genoa Capital, Greenbay Investimentos, Grimper Capital, Ibiuna Investimentos, Itaú Asset, JGP, Kairós Capital, Kinea, Legacy, Macro Capital, Mauá Capital, MZK, Novus Capital, Occam, Opportunity, Pacífico, Panamby, Persevera Asset Management, SulAmérica, Truxt Investimentos, Ventor, Vinci, Vinland, Vintage, Vista Capital e XP Asset.

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