Ações de Minerva e Marfrig caem até 3,5% com Argentina suspendendo exportações; Mosaico recua 7% após balanço

Confira os destaques da B3 na sessão desta terça-feira (18)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Na reta final da temporada de balanços, quem ganhou destaque entre as quedas foi a Mosaico (MOSI3, R$ 19,91, -6,83%), com baixa de mais de de 6%, enquanto Hermes Pardini (PARD3, R$ 20,31, +0,94%) reduziu os ganhos de mais de 3% dos seus ativos após o balanço do primeiro trimestre de 2021.

Atenção ainda para as empresas ligadas ao setor de commodities, com Vale (VALE3, R$ 114,60, +1,00%) e siderúrgicas, em especial a CSN (CSNA3, R$ 49,21, +1,65%), em alta em um dia movimentado para o setor, com a valorização de mais de 4% do minério na sessão e com a  CSN pedindo registro para uma oferta primária de ações ordinárias de emissão da sua controlada CSN Cimentos e também com a expectativa de um novo reajuste do aço em 15% nos próximos dois meses.

Ainda no radar da CSN, a companhia informou aos seus clientes que aumentará os preços em até 15% nos próximos dois meses em toda a linha. Serão 7,5% em junho e mais 7,5% em julho. O reajuste em duas etapas será aplicado para facilitar a compra dos clientes e o mercado de uma forma geral.

O vice-presidente Comercial da companhia, Luiz Fernando Martinez, disse que a CSN, numa mudança de estratégia, não terá mais contratos com as montadoras maiores que 3 meses. Isso também vale para a linha branca. Segundo o executivo, montadoras e linha branca terão reajustes de cerca de 70% em julho. “Fizemos o último reajuste para montadoras e linha branca em janeiro de 2021. O preço precisa ser corrigido”, afirmou.

As ações de construtoras, com destaque para a EzTec (EZTC3, R$ 31,61, -4,79%) dentro do Ibovespa com queda de mais de 4%, registraram baixas após o Credit Suisse revisar as suas recomendações para o setor.

Já a Pague Menos (PGMN3, R$ 11,77, +9,59%) viu a sua ação disparar quase 10% após confirmar que está em negociação para comprar a Extrafarma, do grupo Ultrapar (UGPA3, R$ 20,16, -1,18%). Os ativos UGPA3, por sua vez, viraram para baixa.

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Frigoríficos como Minerva (BEEF3, R$ 9,49, -3,56%), Marfrig (MRFG3, R$ 18,27, -1,08%) e JBS (JBSS3, R$ 29,60, -2,82%) caíram. No radar, está a notícia de que a Argentina suspendeu por 30 dias exportações de carnes. A Minerva tem a opção de compensar suas vendas a partir da produção em outras nações. Já a Marfrig disse que o impacto direto desta restrição se limita a 1,3% da receita líquida consolidada.

Entre as altas, destaque também para a Eletrobras (ELET3, R$ 40,80, +3,03%; ELET6, R$ 40,93, +2,32%), com a votação da medida provisória que propõe a privatização da companhia pautada para quarta-feira na Câmara dos Deputados, segundo afirmou Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa.

De acordo com informações da XP Política, o governo federal e o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), relator da Medida Provisória sobre a desestatização da Eletrobras, chegaram a um acordo na tarde desta terça para alterações no parecer do parlamentar, de forma a votar em plenário o seu substitutivo.

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Entre os pontos em que, segundo o relator, houve acordo com o governo, estão a questão das térmicas inflexíveis a gás, que não absorverão mais recursos de Itaipu – que agora serão destinados 75% para a CDE e 25% para um programa social. “Os recebíveis ficarão na Eletrobras desestatizada”, afirmou o relator à XP Política.

Confira mais destaques:

Pague Menos (PGMN3, R$ 11,77, +9,59%) e Ultrapar (UGPA3, R$ 20,16, -1,18%)

A rede de varejo farmacêutico Pague Menos fechou na noite de segunda-feira a compra da rival Extrafarma do conglomerado Ultrapar por 600 milhões de reais, disseram à Reuters duas fontes a par do assunto.

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Em comunicado de esclarecimento, a Pague Menos afirmou que está atualmente em negociação para uma potencial transação envolvendo a aquisição da Extrafarma. Porém, não há, até o presente momento, qualquer contrato vinculante celebrado acerca de uma eventual transação, assim como não há qualquer garantia sobre a efetivação de qualquer negócio entre a Companhia e a Extrafama.

O negócio tornaria a Pague Menos a segunda maior varejista de drogarias do Brasil, atrás apenas da RD (RADL3), dona das bandeiras Drogasil e Droga Raia. Atualmente, a Pague Menos é a terceira maior cadeia de farmácias.

A compra da Extrafarma elevaria em mais de um terço o número de lojas da Pague Menos, para 1.503 unidades, e reforçará a sua presença principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, afirmou uma das fontes. A Extrafarma possui 402 lojas.

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A Pague Menos, que tem como investidor a gestora de private equity General Atlantic, pagará 300 milhões de reais à Ultrapar quando o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) der o sinal verde ao negócio. O restante será pago nos próximos dois anos, em duas parcelas iguais. Considerando dívida e caixa, o valor total da Extrafarma foi fixado em R$ 700 milhões.

De acordo com o Credit Suisse, para a Ultrapar, a transação é marginalmente positiva. O valor da operação por si só não é muito significativo (cerca de 2,5% do valor de mercado), mas a venda está estrategicamente alinhada com a reestruturação do portfólio da Ultrapar.

O Bradesco BBI aponta que o valor total de R$ 700 milhões, considerando dívida e caixa (EV), ficou abaixo da avaliação dos analistas de R$ 1 bilhão. O valuation da transação ficou em 5 vezes o EV sobre Ebitda, o que consideram barato, especialmente dadas as sinergias esperadas com as fusões e aquisições para a Pague Menos.

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Já para a Pague Menos, a aquisição parece interessante na avaliação do BBI. “Porém, levando em consideração que as duas têm alta exposição ao Nordeste, esperamos um reequilíbrio do posicionamento das duas marcas, o que pode significar o fechamento de lojas para não haver canibalização entre as marcas. Por fim, em termos financeiros, levando-se em conta que a Pague Menos teria desembolsado cerca de R $ 1,5 milhão por loja, pareceu um preço interessante sabendo que a abertura de uma nova loja varia de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões”, destacaram os analistas.

Construtoras

Os analistas do Credit Suisse revisaram a cobertura para o setor de construção, reduzindo a recomendação de outperform (desempenho acima da média do mercado) das ações das companhias EzTec (EZTC3, R$ 31,61, -4,79%) e Mitre (MTRE3, R$ 10,86, -3,89%), por serem dependentes de crescimento, da Even (EVEN3, R$ 10,39, -1,61%), por falta de catalisador, e da Direcional (DIRR3, R$ 14,50, +0,42%) por já ser precificada.

Cyela (CYRE3, R$ 24,07, -1,35%) e Moura Dubeux (MDNE3, R$ 8,90, 0,00%) tiveram a recomendação mantida em outperform, enquanto houve manutenção de Tenda (TEND3, R$ 25,00, -2,11%) e MRV ([MRVE3], R$ 17,44, -1,36%) como neutras.

Os analistas Daniel Gasparete, Pedro Hajnal e Vanessa Quiroga apontam que, apesar dos dados ainda indicarem um ambiente favorável para o setor, há maior preocupação com o ambiente macroeconômico, o que torna a assimetria mais inclinada para o lado negativo.

Os analistas possuem os seguintes preços-alvos para as ações do setor: R$ 24 para MRV (potencial de alta de 36% com relação ao fechamento de segunda-feira), R$ 32 para a Cyrela (upside de 31%), de R$ 15 para a Even (upside de 42%), de R$ 19 para Direcional (upside de 32%), R$ 44 para EzTec (upside de 33%), R$ 35 para Tenda (upside de 37%), R$ 14 para Moura Dubeux (upside de 57%) e de R$ 15 para Mitre (potencial de valorização de 33% frente o fechamento da véspera).

Bradesco (BBDC3, R$ 22,01, +1,06%; BBDC4, R$ 25,40, +1,60%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 32,15, +1,39%), Itaú (ITUB4, R$ 28,92, -0,21%) e Santander (SANB11, R$ 39,70, +0,53%) 

O Bank of America elevou o preço-alvo para as ações do setor após os resultados do primeiro trimestre e prevê alta dos lucros dos grandes bancos, em média, de 33% em 2021, de 12% em 2022 e de 13% em 2023.

“Após o lucro líquido dos bancos superar as estimativas no primeiro trimestre do ano, revisamos as estimativas de lucro para 2021 em 5% para cima e em 4% para 2022 e atualizamos nossos preços-alvos, que agora sugerem 23% de alta em relação aos preços atuais, em média. Nossas novas estimativas refletem previsões de margem financeira mais altas e  menores provisões para devedores duvidosos”, apontam.

O BofA destaca que o setor apresentou um desempenho abaixo do Ibovespa no acumulado do ano (de queda de 9% ante alta de 2% do benchmark do índice), colocando os múltiplos do setor de preço sobre o lucro (P/L) para abaixo da média histórica. Para os analistas, o ambiente de alta de taxa de juros e reabertura da economia sustentará lucros mais altos na segunda metade do ano, o que deve sustentar o desempenho das ações.

Leia também: ROE de grandes bancos cai pela metade em 15 anos e pode piorar. Ações deixaram de ser atraentes?

Os analistas do banco possuem recomendação de compra para Banco do Brasil, com preço-alvo de R$ 43 (potencial de valorização de 36% frente o fechamento da véspera), para Bradesco, com preço-alvo de R$ 31 (com upside de 24% para os ativos PN) e para o Itaú, com preço-alvo de R$ 34 (upside de 17%). Já para o Santander Brasil, a recomendação é neutra, com preço-alvo de R$ 46 (ou potencial de valorização de 16%), por conta de um valuation mais esticado e um balanço patrimonial mais fraco na comparação com os seus pares.

Vale (VALE3, R$ 114,60, +1,00%), CSN Mineração (CMIN3, R$ 9,77, +1,24%) e Usiminas (USIM5, R$ 20,78, +0,78%)

O Bradesco BBI destaca que os preços do minério de ferro caíram US$ 16 em relação ao ponto mais alto da semana anterior, mantendo-se, no entanto, em um patamar alto.

A queda foi impulsionada pela proibição pela cidade de Tangshan de que fabricantes de aço “façam conluio uns com os outros, inventem e distribuam informações que possam fazer com que os preços subam”.

As top picks do banco para o setor na América Latina são Vale, com preço-alvo de US$ 25, frente aos R$ 21,59 negociados pelos papéis VALE na Bolsa de Nova York na segunda; CSN Mineração, com preço-alvo de R$ 14, frente aos R$ 9,65 negociados na segunda; e Usiminas, com preço-alvo de R$ 32, frente aos R$ 21,45 negociados na segunda.

A sessão foi de ganhos para o minério na China: a alta é de mais de 4% nesta terça-feira, impulsionados por fortes margens de lucros em usinas siderúrgicas, enquanto uma produção recorde de aço sugeriu também uma demanda resiliente pela matéria-prima e ajudou a alimentar o sentimento do mercado.

O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian DCIOcv1, para entrega em setembro, chegou a saltar 5,5%, para 1.256 iuanes (US$ 195,26) por tonelada, antes de fechar em alta de 4,3%, a 1.243 iuanes.

Ainda no radar do setor, a CSN pediu registro para uma oferta primária de ações ordinárias de emissão da sua controlada CSN Cimentos, de acordo com fato relevante da companhia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no final de segunda-feira. A oferta busca listar os papéis no segmento especial de listagem do Nível 2 da B3. A companhia realizou em fevereiro o IPO de sua subsidiária de mineração, a CSN Mineração.

Eletrobras (ELET3, R$ 40,80, +3,03%; ELET6, R$ 40,93, +2,32%)

A votação da medida provisória que propõe a privatização da Eletrobras está pautada para quarta-feira na Câmara dos Deputados, segundo afirmou Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa, em mensagem no Twitter.

“É importante que haja um amplo debate sobre o tema. Nós temos um acordo para que, em respeito ao Senado, as MPs sejam encaminhadas para análise dos senadores, com um prazo de 30 dias”, afirmou ele.

Debates sobre a MP 1.031, sobre a desestatização da Eletrobras, eram o primeiro item deliberativo da ordem do dia dos parlamentares, nesta terça-feira, segundo informações disponíveis no site da Câmara.

De acordo com informações da XP Política, o governo federal e o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), relator da Medida Provisória sobre a desestatização da Eletrobras, chegaram a um acordo na tarde desta terça-feira (18) para alterações no parecer do parlamentar, de forma a votar em plenário o seu substitutivo.

Entre os pontos em que, segundo o relator, houve acordo com o governo, estão a questão das térmicas inflexíveis a gás, que não absorverão mais recursos de Itaipu – que agora serão destinados 75% para a CDE e 25% para um programa social. “Os recebíveis ficarão na Eletrobras desestatizada”, afirmou o relator à XP Política.

Gafisa (GFSA3, R$ 4,52, -2,80%)

A incorporadora Gafisa reverteu o prejuízo líquido de R$ 25,5 milhões do primeiro trimestre de 2020 e teve lucro líquido de R$ 12,9 milhões.

Já a receita líquida subiu 137,3%, a R$ 170,1 milhões.

Mesmo sem lançamento de projetos, a Gafisa teve alta de 350,8% nas vendas líquidas, a R$ 129 milhões. Já as vendas brutas subiram 320,4%, para R$ 162,9 milhões, já os distratos tiveram alta de 235%, para R$ 33,9 milhões.

A Gafisa possui três projetos em fase de pré-comercialização, com um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 546,1 milhões; os lançamentos começarão a ser feitos no fim deste mês.

Mosaico (MOSI3, R$ 19,91, -6,83%)

A Mosaico, dona dos sites Zoom, Buscapé e Bondfaro, teve queda de 68,1% no lucro líquido ajustado no primeiro trimestre de 2021 na comparação com igual período de 2020, indo de R$ 8,9 milhões para R$ 2,9 milhões agora.

A receita bruta subiu 18,3%, na comparação anual, indo de R$ 49,1 milhões para R$ 58,1 milhões.

A receita ficou 4% abaixo da expectativa da XP, mas o Ebitda ficou 6% acima por conta de menores despesas com vendas/marketing. O lucro líquido, por sua vez, ficou bastante abaixo do projetado pelos analistas por conta de um efeito pontual de maiores despesas financeiras.

“Apesar do desempenho fraco de receita, isso já era esperado enquanto a companhia trouxe indicações e iniciativas positivas para os resultados dos próximos trimestres dado que o GMV tem apresentado uma recuperação gradual ao longo do trimestre e por conta do lançamento da plataforma de cashback a partir de maio, o lançamento esperado da plataforma de cupom no segundo trimestre e da plataforma de descoberta no 2º semestre de 2021”, avaliam os analistas.

A XP mantém visão positiva pra frente dado o forte pipeline de inovação da companhia, o forte cenário competitivo entre as empresas de e-commerce e a demanda reprimida pelas categorias de eletrônicos e linha branca. A recomendação segue de compra, com preço-alvo para o fim de 2021 de R$ 38 por ação para MOSI3.

Linx (LINX3, R$ 37,50, +0,54%)

A Linx teve prejuízo de R$ 6,87 milhões no primeiro trimestre de 2021, baixa de 24% em relação ao prejuízo em igual período de 2020. A receita líquida, por sua vez, teve alta de 10,6% no comparativo anual, a R$ 230,6 milhões.

O Ebitda foi de R$ 46,3 milhões, alta de 24% na comparação anual.

A empresa apontou que a Linx Digital alcançou participação de 14,7% na receita recorrente trimestral. O Linx Pay chegou a 13,1% de participação. Já a Linx Core avançou para 14,6%.

Cruzeiro do Sul (CSED3, R$ 13,41, +0,83%)

A Cruzeiro do Sul fechou o primeiro trimestre com lucro líquido ajustado de R$ 31 milhões, alta de 210%, segundo dados divulgados na segunda. Sem a despesas não recorrentes, o lucro fica em R$ 16,3 milhões, frente a prejuízo de R$ 33,3 milhões do mesmo período do ano anterior.

Boa Vista (BOAS3, R$ 11,75, -4,63%)

O lucro líquido da Boa Vista teve queda de 9,6% no primeiro trimestre de 2021 na comparação anual, para R$ 17 milhões.

O Morgan Stanley comentou os resultados divulgados pela Boa Vista antes de itens extraordinários, que ficaram em R$ 26 milhões, queda de 26% na comparação trimestral e alta de 35% na comparação anual, ficando 11% abaixo de sua estimativa. O Ebitda ficou em R$ 75 milhões, queda de 19% na comparação trimestral e de 2% na comparação anual, 3% abaixo da expectativa do banco.

A receita líquida ficou em R$ 17 milhões, queda de 67% na comparação trimestral e de 10% na comparação anual. Como ponto positivo, o banco destaca que as despesas operacionais cresceram apenas 3% no ano, ficando 4% abaixo de sua estimativa.

O banco mantém recomendação overweight e preço-alvo de R$ 18, frente aos R$ 12,32 negociados na segunda.

Hermes Pardini (PARD3, R$ 20,31, +0,94%)

A Hermes Pardini lucrou R$ 50,1 milhões no primeiro trimestre de 2021, valor 3,17 vezes a igual período de 2020.

A XP aponta que a empresa apresentou um trimestre absolutamente em linha com as expectativas dos analistas em termos de lucro. “Embora seja uma melhoria impressionante no lucro versus o ano anterior, devemos notar que 2020 é um comparativo “fácil” (devido ao impacto negativo da primeira onda da pandemia) e que a magnitude do impacto positivo nos resultados dos testes da Covid em 2021 é pouco clara, pois a empresa não forneceu muitos dados sobre isso”, avaliam.

Portanto, também não está claro como será o crescimento orgânico quando a pandemia acabar. “Como esperado, o número de exames aumentou 33% na base anual (em linha com o esperado) devido ao impacto positivo do teste para a Covid-19 em 2021 e os outros exames voltando aos níveis normais. O ticket médio ficou apenas 4% abaixo de nossas estimativas, mas 17% acima do ano anterior, já que os testes da Covid-19 têm ticket médio mais alto assim como outros exames como imagem que retomaram em 2021”, apontam.

Já a receita líquida atingiu R$ 477 milhões, 4% abaixo do projetado pela XP (devido ao ticket médio um pouco abaixo do esperado) e 55% acima do ano anterior. O Ebitda atingiu R$ 104 milhões, em linha com a estimativa e 111% acima na base trimestral.

“Vemos PARD3 sendo negociada a um P/L de 16,7 vezes, apenas 5% abaixo de sua média histórica, o que nos leva a reiterar nossa recomendação neutra para a ação com um preço-alvo de R$ 21 por ação”, apontam os analistas.

Dimed (PNVL3, R$ 18,97, +0,48%)

A Dimed, dona da Panvel, teve alta de 20,52% do seu lucro líquido no primeiro trimestre de 2021 na comparação anual, indo de R$ 16,35 milhões para R$ 19,71 milhões.

Iochpe-Maxion (MYPK3, R$ 15,28, +7,30%)

O lucro líquido da Iochpe-Maxion foi multiplicado em 5,59 vezes na comparação anual, indo de R$ 9,2 milhões nos primeiros três meses de 2020 para R$ 51,5 milhões no primeiro trimestre de 2021.

O Bradesco BBI comentou os resultados da Iochpe Maxion, com Ebitda de R$ 375 milhões, alta de 79% na comparação anual, 33% acima da expectativa do Bradesco e 29% acima daquela do mercado.

O banco mantém recomendação outperform, com base em um melhor mix de receitas e o real mais fraco, que deve compensar pelo risco de queda global na produção de veículos. O Bradesco elevou seu preço-alvo para 2021 de R$ 19 para R$ 21, frente aos R$ 14,24 de fechamento da segunda-feira.

Focus Energia (POWE3, R$ 14,81, -4,45%)

O lucro líquido da Focus Energia caiu 66,3% na comparação anual, passando de R$ 44,2 milhões para R$ 14,9 milhões.

Boa Safra (SOJA3, R$ 16,72, -0,95%)

A Boa Safra teve prejuízo de R$ 2,8 milhões no primeiro trimestre de 2021.

Dommo Energia (DMMO3, R$ 0,89, -10,10%)

A Dommo Energia teve queda de 96,1% do seu prejuízo líquido na comparação anual, indo de R$ 397,5 milhões para R$ 15,6 milhões.

Terra Santa Agro (TESA3, R$ 43,10, -1,89%)

A Terra Santa teve prejuízo líquido de R$ 38,2 milhões no primeiro trimestre de 2021, ante lucro em igual período do ano passado.

Petrorecôncavo (RECV3, R$ 15,92, -2,57%)

O prejuízo líquido da Petrorecôncavo diminuiu 90,5% no primeiro trimestre de 2021 na comparação anual, a R$ 12,9 milhões.

Atma (ATMP3, R$ 10,00, +6,16%)

A Atma teve prejuízo líquido de R$ 39,6 milhões nos primeiros três meses deste ano, queda de 57% em relação a igual período de 2020.

GetNinjas (NINJ3, R$ 18,35, -4,68%)

A GetNinjas teve prejuízo líquido de R$ 5,5 milhões nos primeiros três meses do ano.

Eneva (ENEV3, R$ 16,63, +0,79%)

A Eneva informou na segunda-feira que deu início ao comissionamento à quente do campo de gás de Azulão, localizado na bacia do Amazonas, por meio de um teste de produção em um dos poços do ativo, realizado na semana passada.

O teste ocorreu na Unidade de Tratamento Primário e foi bem sucedido, segundo a empresa, que agora prevê a realização do comissionamento das unidades de autogeração e liquefação, embora a produção no local ainda dependa da conclusão de obras na unidade de tratamento de gás de Azulão.

Copel (CPLE6, R$ 6,03, +1,52%)

A Copel Geração e Transmissão, da elétrica Copel, assinou contrato para a compra de 100% do Complexo Eólico Vilas, localizado em Serra do Mel (RN) e atualmente pertencente à Voltalia Brasil. O empreendimento possui 186,7 megawatts (MW) de capacidade instalada e o valor da transação é de R$ 1,059 bilhão.

Vasta Platform (NASDAQ: VSTA)

O Morgan Stanley se reuniu com o CEO, Mario Ghio, e com o CFO da Vasta, Bruno Giardino, para discutir os resultados relativos ao primeiro trimestre e a futura estratégia da empresa. O banco avalia que a empresa vem investindo em expandir sua oferta de produtos, o que poderia levar a mais ganhos de participação no mercado.

O Morgan acredita que a escala e as vantagens competitivas da Vasta devem permitir que continue a ganhar participação no mercado durante anos.

O banco aponta a Vasta com a sua top pick (escolha preferida) no setor de ensino brasileiro, com avaliação overweight (expectativa de valorização acima da média do mercado) e preço-alvo de US$ 14, frente aos US$ 8,11 negociados na segunda na Nasdaq.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.