Ações de Vale e siderúrgicas fecham em queda seguindo baixa de 7,5% do minério após rali recorde

O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian, para entrega em setembro, encerrou em baixa de 7,5%

Equipe InfoMoney

Minério de ferro da Vale: setor extrativista foi destaque na produção industrial do mês (Foto: Divulgação/Agência Vale)
Minério de ferro da Vale: setor extrativista foi destaque na produção industrial do mês (Foto: Divulgação/Agência Vale)

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SÃO PAULO – A sessão foi movimentada para as ações da Vale (VALE3) e de siderúrgicas nesta quinta-feira (13). Após abrirem em queda, que chegou a 3,14%, os ativos VALE3 chegaram a amenizar as perdas, mas fecharam com variação negativa de 1,61%, a R$ 112,49. No ano, contudo, a alta acumulada ainda é de 40,42%.

As siderúrgicas também de destacaram entre as maiores perdas do índice: CSN (CSNA3, R$ 47,93, -3,01%), Gerdau (GGBR4, R$ 35,63, -2,78%) e Usiminas (USIM5, R$ 21,36, -4,47%), assim como a Bradespar (BRAP4, R$ 72,11, -2,99%), holding da Vale, fecharam em queda entre 2,5% e 4,5%.

O movimento ocorre após a forte baixa dos preços de ferrosos na China nesta quinta-feira, liderados pelos contratos de referência do minério de ferro, que chegaram a desabar até 9,5% com uma pausa dos participantes do mercado após um super rali que levou os preços a máximas históricas nos últimos dias.

O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian, para entrega em setembro, encerrou em baixa de 7,5%, a 1.217 iuanes por tonelada (US$ 188,66), após tocar 1.190 iuanes mais cedo na sessão. A queda acabou com um rali que já durava cinco sessões.

Os preços do minério de ferro na bolsa de Dalian acumulavam ganhos de 23% em maio até quarta-feira, em meio a uma época de pico na demanda, preocupações com cortes de produção siderúrgica que impulsionaram os preços do aço e temores com inflação que alimentaram compras especulativas.

“Nós não vemos um aperto extremo no mercado de minério de ferro, nem agora nem no futuro. Nós vemos pouco suporte para o preço subir para essas máximas, acima do custo do produtor marginal no mercado”, disse Erik Hedborg, analista da CRU, em nota.

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Além disso, de olho na forte alta, a Bolsa chinesa havia elevado a margem de garantia exigida para operar contratos da commodity, mas os efeitos foram mais sentidos hoje.

O vergalhão de aço usado em construções negociado na bolsa de Xangai viu o contrato para entrega em outubro recuar 2,9%, para 5.915 iuanes por tonelada.

(com Reuters)

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