Setor financeiro concentrado lesa crescimento de pequenos negócios

Presidente da Stone Pagamentos diz que pequenos empreendedores enfrentam uma “realidade muito dura” no Brasil

Um Brasil

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A chance de uma pequena ou média empresa prosperar diminui consideravelmente em ambientes onde o setor financeiro é bastante concentrado. Ainda assim, empresas que se dispõem a entrar neste mercado, além de assistir os pequenos negócios, encontram oportunidades para inovar a oferta de produtos financeiros. Foi mais ou menos isso que fez a Stone Pagamentos, fintech de soluções financeiras para o varejo.

Em entrevista ao UM BRASIL, Augusto Lins, cofundador e presidente da Stone, sintetiza que a empresa, listada na Bolsa de Valores de Nova York (Nasdaq) há pouco mais de dois anos, sempre foi “focada no cliente”, no sentido de apresentar soluções relacionadas a meios de pagamentos e produtos financeiros, que costumam ser entraves presentes no dia a dia dos pequenos empreendedores.

“O mercado de pagamentos e a indústria financeira no Brasil são muito concentrados. O resultado disso, fundamentalmente para os clientes que atendemos, que são o pequeno e o médio empreendedor, é uma realidade muito dura, porque eles têm poucas opções”, destaca Lins.

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De acordo com ele, desse ambiente no qual o cliente não é tratado como prioridade, nasceu a estratégia de “empoderar o lojista”, que conduz as ações da empresa desde a fundação, em 2012.

“O fato de ter pouca opção [no setor de meios de pagamento] se traduz em um serviço de baixa qualidade, caro e em que não se vê muita transparência e inovação”, critica.

Governo

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Analisando o papel do Estado durante a pandemia de coronavírus, o executivo se mostra preocupado com o endividamento público.

“Nós temos de olhar muito para as contas públicas. O equilíbrio fiscal vai ser muito importante. Para conseguir chegar a ele, temos que passar a Reforma Tributária e fazer ajustes na Reforma Administrativa. A partir daí, buscamos um equilíbrio fiscal que nos permita transmitir confiança para o investidor voltar a investir no Brasil e para o empresário expandir as operações, com geração de emprego e retomada do crescimento”, resume.

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