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SÃO PAULO – O prefeito Bruno Covas (PSDB) enfrentará o líder dos sem-teto Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno da disputa pela prefeitura de São Paulo. A votação está marcada para daqui a duas semanas, em 29 de novembro.
Com a totalidade das urnas apuradas no município, o tucano recebeu 1.754.013 votos, 32,85% dos votos válidos, contra 1.080.736 votos, 20,24%, do candidato socialista – patamar muito superior ao registrado pelas últimas pesquisas divulgadas antes do dia da votação.
O desempenho de Boulos reforça a importância das redes sociais no pleito, compensando a falta de tempo de propaganda na televisão e recursos e deixando a candidatura de Jilmar Tatto (PT) com o papel de coadjuvante. O petista ficou apenas na sexta posição, com 461.666 votos (8,65%).
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“Boulos subiu sem o voto útil do PT. O segundo turno será competitivo em São Paulo”, observa o analista político Ricardo Ribeiro, da MCM Consultores.
O terceiro candidato mais votado na capital paulista foi o ex-governador Márcio França (PSB), com 728.441 votos, 13,64% dos votos válidos.
Na sequência, apareceram o deputado federal Celso Russomanno (Republicanos), com 560.666 votos (10,50%) e o deputado estadual Arthur do Val (Patriota), com 522.210 votos (9,78%).
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O congressista chegou a liderar a disputa, mas acabou perdendo terreno ao longo da campanha. Ele teve como uma de suas principais estratégias a vinculação ao nome do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que manifestou apoio público à sua candidatura.
Além da pandemia, que alterou drasticamente a forma de se fazer campanha, impôs novos protocolos para a votação e modificou o eixo do debate político, o índice de abstenção também chamou atenção na disputa: 23,1%, o maior para eleições municipais em 20 anos.