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SÃO PAULO – A Nokia assinou um acordo para fornecimento de equipamento de tecnologia 5G com a British Telecom (BT), maior grupo de telecomunicações do Reino Unido.
O desenvolvimento da quinta geração de rede móvel é motivo de disputa no país e foi marcado pela proibição da multinacional chinesa Huawei de lançar seus equipamentos no país. Segundo informações da CNBC, o acordo sugere que a finlandesa está substituindo o restante da infraestrutura da empresa chinesa na rede 5G da BT.
Segundo o acordo, a Nokia fornecerá equipamentos e serviços 5G para a BT em todo o Reino Unido. A empresa finlandesa de telecomunicações disse que se tornará o maior parceiro de infraestrutura da empresa britânica com o acordo, sendo responsável por 63% de toda a rede da BT. Os termos financeiros do negócio não foram revelados.
Philip Jansen, CEO do BT Group, disse em um comunicado: “Em um mercado competitivo e dinâmico, é fundamental que façamos as escolhas de tecnologia certas”.
Em julho, Oliver Dowden, ministro da Cultura do Reino Unido, disse que as operadoras de rede móvel no país seriam forçadas a interromper a compra de equipamentos da Huawei até o final do ano. Eles também precisam retirar o equipamento da empresa chinesa de sua infraestrutura até 2027.
O país já tinha restringido a atuação da Huawei, em janeiro, ao criar diretrizes que obrigavam as operadoras de rede móvel do país a reduzirem para 35% a participação da empresa em partes não essenciais de sua infraestrutura até 2023.
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Os Estados Unidos realizam uma campanha para conter a influência da multinacional chinesa em todo o mundo. O governo Trump tem conseguido bloquear a oferta de microchips vitais para a empresa e influenciado aliados para restringir a participação da Huawei em suas redes 5G, alegando que a empresa faz espionagem para o governo chinês.
A Huawei nega as acusações, alegando ser uma empresa privada que não pode ser dirigida pelo governo chinês e que nenhuma lei do país exige que empresas nacionais privadas se envolvam em espionagem cibernética.
No Brasil, apesar de nenhum movimento oficial, o receio de um possível banimento da Huawei no leilão do 5G existe por conta do alinhamento político do presidente Jair Bolsonaro com os EUA.
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No início do mês, o subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado apresentou uma proposta ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que a corte discuta os aspectos geopolíticos envolvidos com o 5G. A ideia é evitar que o país seja influenciado pela proximidade entre Bolsonaro e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.