CEO da Springs Global espera que 2º semestre compense o 1º e que vendas no ano possam superar 2019

Em live realizada pelo InfoMoney, Josué Gomes da Silva também comentou o preço das ações da empresa e como está a estrutura no cenário de pandemia

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Apesar dos duros impactos da pandemia do coronavírus em empresas no mundo todo, o setor de cama, mesa e banho conseguiu sentir um pouco menos por ser mais utilizado pelas pessoas, principalmente estando em casa.

Líder do setor nas Américas, a Springs Global (SGPS3), se por um lado teve uma queda de receita de quase 20% no segundo trimestre, para R$ 263,3 milhões, conseguiu minimizar o impacto da crise com um aumento de 770% das vendas no e-commerce.

Em live realizada pelo InfoMoney, Josué Gomes da Silva, CEO da Springs Global, explicou que o fato das pessoas terem ficado em casa entre abril e junho acabou tendo um impacto levemente positivo também nas vendas para o consumidor final, que buscou produtos de cama, mesa e banho para atender suas necessidades neste período.

“Outro fator que foi relevante foi a entrada, por um chamamento das autoridades brasileiras, por produtos de proteção individual, que era uma linha que não tínhamos”, explica o executivo destacando que o Brasil estava com grande dependência de produtos importantes, em especial da China, o que levou a Springs, e outras empresas, a produzirem estes produtos para atender profissionais de saúde no País.

A live faz parte da série Por dentro dos resultados, em que CEOs e CFOs de empresas abertas comentam os resultados do ano e respondem dúvidas de quem estiver assistindo. Nos próximos dias, haverá lives com a Marisa (veja a agenda completa e como participar).

Segundo ele, as operações da companhia que foram mais impactadas são as da Argentina, que passou por um lockdown e levou ao fechamento de fábricas por dois meses, e que ainda passa por dificuldades, afetando a logística e distribuição no país vizinho.

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Josué acredita que o pior da pandemia já tenha ficado para trás e destaca que o terceiro trimestre será “de recuperação” de faturamento, podendo até registrar crescimento em relação ao mesmo período do ano passado.

“A gente tem feito um esforço para que a perda de venda ao longo do primeiro semestre seja compensada com um crescimento ao longo do segundo semestre e que a gente possa fechar o ano com vendas próximas ao do ano passado ou até um pouco superiores”, afirma o CEO.

Por outro lado, ele destaca que as margens da Springs ainda estarão impactadas, já que com o fechamento de fábricas, como a indústria têxtil tem custos fixos mais altos, acaba havendo uma menor absorção destes custos e uma menor produção, pesando sobre as margens. “Mas acreditamos que já no quarto trimestre, com as reaberturas das fábricas, as margens retornem para um patamar normalizado”, completa ele.

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Na conversa, Josué ainda falou sobre como a companhia está se adaptando aos novos tempos e se preparando para o cenário pós-pandemia, e também tirou dúvidas de investidores sobre os números da companhia. Confira tudo no player acima.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.