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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) teve leve alta de 0,02% em junho na comparação mensal, após ter registrado baixa de 0,59% em maio, informou nesta quinta-feira (25) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A expectativa era de que o indicador medido pelo IPCA-15 apontasse leve deflação de 0,06% em junho na comparação mensal, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg.
No comparativo anual, a previsão era de 1,85%, ante dado anterior de 1,96%.
Contudo, este é o menor resultado para um mês de junho desde 2006, quando a taxa foi de -0,15%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 0,37% e, em 12 meses, de 1,92%, abaixo dos 1,96% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2019, a taxa foi de 0,06%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco apresentaram deflação em maio. Os Transportes registraram a menor variação (-0,71%) e o maior impacto negativo no índice do mês, com -0,14 ponto percentual (p.p.). No lado das altas, o destaque ficou mais uma vez com Alimentação e bebidas (0,47%), que apresentou variação próxima ao resultado de maio (0,46%) e impacto de 0,09 p.p.
A maior variação no índice do mês ficou com o grupo de Artigos de residência (1,36%), contribuindo com impacto de 0,05 p.p. Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,15% em Vestuário e a alta de 0,66% em Comunicação.
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A queda de 0,71% nos Transportes foi influenciada, principalmente, pelo resultado das passagens aéreas (-26,08%), que apresentaram o maior impacto individual negativo no IPCA-15 de junho (-0,12 p.p.).
Os preços dos combustíveis (-0,34% e -0,02 p.p.) caíram pelo quarto mês consecutivo. A gasolina apresentou queda de 0,17%, após variação de -8,51% no índice de maio. Adicionalmente, o óleo diesel (-4,39%) e o etanol (-0,49%) também registraram queda de preços. Por outro lado, o gás veicular, que havia caído 1,21% em maio, apresentou alta de 0,84% no IPCA-15 de junho.
No grupo Habitação (-0,07%), a maior contribuição negativa (-0,02 p.p.) veio da energia elétrica (-0,48%). No dia 26 de maio, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou que irá manter a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz, até o final deste ano.
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Alimentação e bebidas (0,47%) foi o grupo com o maior impacto positivo no IPCA-15 de junho. Esta alta foi influenciada principalmente pelo comportamento dos alimentos para consumo no domicílio, que subiram 0,56% em junho. A batata-inglesa registrou alta de 16,84% e 0,04 p.p. de impacto. Outros itens de destaque foram as carnes (1,08%), a cebola (14,05%) e o feijão-carioca (9,38%). Por outro lado, os preços do tomate (-12,36%), da cenoura (-12,05%) e das frutas (-0,80%) acentuaram a queda em relação ao mês anterior (-3,40%, -6,41% e -0,46%, respectivamente).
A alimentação fora do domicílio acelerou de maio (0,13%) para junho (0,26%), especialmente por conta do item lanche (0,82%), cujos preços haviam subido 0,64% no mês anterior.