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(Bloomberg) – Moedas de mercados emergentes caminham para fechar a semana com o melhor desempenho em mais de quatro anos em meio ao otimismo de que as economias globais estão superando o choque do coronavírus.
O índice MSCI que acompanha moedas de mercados emergentes mostra ganho de 1,5% nos últimos cinco dias. O movimento reflete menor demanda por moedas consideradas refúgios, o que enfraquece o dólar. Outro fator de impulso é a perspectiva de mais estímulos de bancos centrais, o que teria mais peso do que as preocupações com o agravamento do surto de coronavírus em países como Brasil e México. Investidores também parecem descontar dados econômicos decepcionantes, como cortes de empregos nos Estados Unidos.
“O foco está no futuro, e é onde os mercados esperam que as coisas comecem a melhorar”, disse Khoon Goh, chefe de pesquisa da Ásia no Australia & New Zealand Banking, em Cingapura. “Dados ruins, como do mercado de trabalho não agrícola, já são esperados pelos mercados. Não há como ficar pior do que 20 milhões de demissões em abril.”
Moedas de países em desenvolvimento também se fortalecem em meio à queda por seis semanas consecutivas do seu indicador de volatilidade, que agora está no nível mais baixo em quase três meses.
A rupia da Indonésia lidera os ganhos desta semana, com valorização acima de 5%, enquanto o peso chileno, o real e o rand sul-africano mostram alta de mais de 4%.
Alguns estrategistas esperam ganhos adicionais no médio prazo, apesar de advertirem que o rali pode desacelerar nas próximas semanas.
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“As condições de liquidez do dólar devem afastar fluxos do mercado financeiro dos EUA para voltar aos emergentes e outros mercados”, disse Eddie Cheung, estrategista de mercados emergentes do Crédit Agricole, em Hong Kong.
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