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Catálogo, pagamentos e logística. Esses foram os três pilares fundamentais para o sucesso da digitalização do Magazine Luiza, segundo Frederico Trajano, CEO da empresa.
Ele foi o convidado da terceira live do evento Verde Week, promovido pela Verde Asset (o vídeo completo está abaixo). O painel foi sobre a revolução da digitalização, mediado por Pedro Sales, gestor das estratégias de renda variável no Brasil da Verde, além de Hilton Victor, analista de varejo também da Verde. Trajano explicou o que sustentou a revolução digital de sua empresa e quais devem as áreas que devem protagonizar o próximo boom do e-commerce no Brasil.
Os 3 pilares da revolução digital do Magazine Luiza
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- Catálogo: a Magazine Luiza desenvolveu ao longo dos últimos 20 anos seu aplicativo, com todas as ferramentas e segmentações necessárias, focando na usabilidade. Hoje, o app do Magalu está entre os dez mais baixados. Não é algo que consegue se construir “da noite para o dia”.
- Pagamentos: prover serviços financeiros para os parceiros. O MagaluPagamentos permite parcelamento em até 10 vezes. Inclui o serviço de crédito e antecipação dos recebíveis cobrando taxas bem mais competitivas que os demais adquirentes.
- Logística: essa tem sido a vantagem crucial do Magalu. Não adianta ter tecnologia e serviços se o seu produto demora a chegar e custa caro para isso. A companhia transformou todas as duas 1100 lojas em centros de distribuição, não apenas pontos comerciais, assim os produtos chegam de forma mais rápida e barata aos consumidores.
Utilizar o espaço físico para alavancar o e-commerce é o diferencial para a logística. Justamente o maior desafio para os demais produtos que ainda não tiveram uma penetração no consumo online, como foi o caso dos bens duráveis para a empresa.
Segundo Trajano, o próximo “boom” do e-commerce está nos produtos de beleza, moda e supermercado. As três categorias ainda são pouco exploradas no Brasil, principalmente quando se comparado a EUA e China.
O grande desafio desses produtos é, segundo Trajano, a relação entre preço e logística. Como tem ticket médio mais baixo de preço, o frete inviabiliza a venda, pois ou encarece o produto para o cliente final ou se torna prejuízo para a companhia.
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O Magalu já começou a comercializar os produtos de supermercado não perecíveis, utilizando o espaço ocioso nas lojas como estoque. Atualmente, esses produtos são o de maior volumetria de vendas na plataforma da empresa.
Digitalização veio para ficar?
Para Trajano, alguns setores não serão afetados pela digitalização, como o de turismo, por exemplo. Não tem como a experiencia do cliente ser 100% online.
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Porém, para demais setores, essa mudança veio para ficar. A discussão será o tamanho desse salto para o consumo online. Segundo ele, entramos na crise com cerca de 5% do consumo online e devemos sair dela com algo em torno de 10%.
Como ser eficiente na digitalização?
“Terceirizar não é o melhor caminho”, segundo Trajano. É importante que esse movimento aconteça “dentro de casa” e que a companhia se preocupe em desenvolver tecnologia própria, justamente o motivo da criação do projeto “Luiza Labs”, focado em desenvolver tecnologia proprietária para o Magazine Luiza.
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E não focar em apenas “digitalizar por digitalizar”: é importante entender que as ferramentas digitais são o meio, não o objetivo. Não pode se esquecer do objetivo que se tem com as evoluções digitais, sempre buscar tornar alguma parte do negócio mais eficiente para gerar mais resultado.
Aliás, aqui está a diferença em falar sobre digitalização e realmente efetuar o processo digital: focar no negócio com o processo de digitalização é o que gera resultado, para entender se a companhia realmente está fazendo isso, entenda o crescimento da companhia.
Não apenas o crescimento de vendas online. Trajano explica que pautar o crescimento do online utilizando as lojas físicas é “fácil”, o mais importante é entender o impacto geral para realmente entender quão eficiente foi a digitalização.
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