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SÃO PAULO – No início de abril o fundador da Chilli Beans, Caito Maia, traçou três cenários para a retomada da operação de suas 917 lojas — todas fechadas na época por conta do coronavírus. No mais otimista, as lojas abririam suas portas no dia 1º de maio; no realista, o retorno se daria no dia 15 e, no pessimista, as operações voltariam apenas no dia 1º de junho.
Junho chegou mostrando que até o mais pessimista dos cenários de Maia era otimista demais. Em live promovida pelo podcast Do Zero ao Topo nesta quarta-feira (02) o empreendedor contou que apenas 280 de suas lojas voltaram a operar.
“A definição dessas datas serve para trazer um direcionamento para os meus franqueados. Se o governo não nos dá uma data, nós temos que criar uma e começar a traçar metas para o retorno”, afirmou durante a live. Com esta estratégia em mente, o empresário já definiu novas datas para um retorno: 15 de junho e 1º de julho.
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Maia e seus franqueados aguardam um retorno das lojas para poder ajustar suas provisões e entender o quanto essa crise toda realmente afetou o varejo.
Nas lojas já reabertas, o resultado tem sido melhor do que o esperado: os estabelecimentos de rua apresentam queda de 5% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. Nas lojas de shoppings a queda foi de cerca de 35%. “As pessoas estão fugindo de aglomerações, então os shoppings são mais prejudicados”, afirma Maia.
As estratégias adotadas para vender
Desde o início da pandemia a Chilli Beans adotou estratégias para amenizar o impacto de seus pontos fechados. Uma delas foi a venda por meio de WhatsApp. Hoje o site da companhia disponibiliza uma área em que o cliente pode escolher ser atendido por meio da plataforma. Neste caso, o site direciona o cliente para o WhatsApp da loja mais próxima e o atendimento é feito diretamente por um vendedor. “Este é um dos canais que veio para ficar”, afirma Maia.
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Com o sucesso desta experiência, a Chilli Beans começa a testar agora a televenda de óculos. A rede pretende disponibilizar sua base com mais de 4 milhões de pessoas cadastradas para que franqueados façam contato e ofereçam ofertas exclusivas.
Outra estratégia para melhorar as vendas foi concentrar os esforços nos óculos de grau — um item de necessidade mais básica que as lentes solares. Antes da crise, os óculos de sol representavam 80% do faturamento da companhia enquanto óculos de grau e relógios representavam os outros 20%. Atualmente o percentual está 50% em óculos de sol e 50% de grau, segundo Caito.
“Com isso resolvemos adiantar alguns dos nossos planos. Em julho vamos lançar um novo site que permitirá fazer a encomenda dos óculos e da lente de grau de maneira 100% online”, explica. Para saber mais, confira a entrevista completa no player acima ou clique aqui.