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Os mercados deverão ter mais uma jornada de instabilidade nesta quarta-feira, após o Irã ter disparado dezenas de mísseis contra duas bases militares no Iraque usada por soldados americanos, em Ayn al-Assad e Irbil.
Os ataques foram confirmados pelo Pentágono, mas não existem informações sobre vítimas e danos materiais. Nos mercados futuros, Dow Jones, S&P-500 e Nasdaq chegaram a cair mais de 1%, enquanto o preço do petróleo e do ouro disparava logo após a atuação das forças iranianas.
Perto da manhã, contudo, o pânico diminuiu e os futuros de NY reduziram bastante as perdas, embora as bolsas da Ásia tenham fechado em queda. Bolsas europeias abriram e operam em baixa.
No noticiário corporativo, destaque para os onze contratos de fiança bancária assinados entre Banco do Brasil e Petrobras, no valor de R$ 698,8 milhões. A petrolífera comprou capacidade de transporte de gás natural na TGB, que opera o gasoduto Bolívia-Brasil.
1.Bolsas mundiais
Os futuros de Nova York operam em baixa nesta quarta-feira, enquanto os preços do petróleo e do ouro sobem. Após o pânico com o início dos ataques de mísseis do Irã, durante a madrugada, contra bases de soldados norte-americanos no Iraque, a situação se acalmou quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escreveu no Twitter que estava “tudo bem”.
Além disso, Teerã disse que não busca uma guerra. Assim, a avaliação é de que os ataques do Irã parecem ter sido cuidadosamente calibrados para apaziguar a crescente raiva interna, enquanto dão a Trump a chance de evitar uma guerra que poderia devastar a região. Os investidores aguardam pela fala do presidente dos EUA, que deve acontecer nesta manhã.
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Não existem ainda informações sobre vítimas nos ataques, que duraram horas na chamada “Operação mártir Soleimani”, lançada pelo Irã. Isso, se confirmado, aumentaria chance de retaliação pelos EUA.
O futuro do Dow Jones chegou a perder 300 pontos, mas nesta manhã operava com leve queda; o barril do Brent, que ultrapassou com folga os US$ 70, recuou e agora opera na casa dos US$ 68. As bolsas da Ásia fecharam todas em queda. As bolsas europeias abriram e operam em queda.
Ainda na região, um Boeing 737 com destino à Ucrânia caiu no Irã com 176 pessoas a bordo, sem que restassem sobreviventes. O chefe da Organização de Mitigação e Gerenciamento de Desastres de Teerã, Mansour Darajati, disse que as avaliações iniciais sugerem que o acidente foi causado por um problema técnico, informou a agência iraniana Irna.
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Veja o desempenho dos mercados, às 7h33 (horário de Brasília):
Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), -0,10%
*Nasdaq Futuro (EUA), -0,17%
*Dow Jones Futuro (EUA), -0,30%
Europa
*Dax (Alemanha) , -0,53%
*FTSE (Reino Unido), -0,27%
*CAC 40 (França), -0,36%
*FTSE MIB (Itália), -0,31%
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Ásia
*Hang Seng (Hong Kong), -0,83% (fechado)
*Xangai (China), -1,22% (fechado)
*Nikkei (Japão), -1,57% (fechado)
*Petróleo WTI, +0,02%, a US$ 62,72 o barril
*Petróleo Brent, +0,35%, a US$ 68,51 o barril
**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de +2,10%, cotados a 679,500 iuanes, equivalentes a US$ 97,848 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 6,9444 (+0,30%)
*Bitcoin, US$ 8.294,04 -0,60%
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2. Indicadores econômicos
No Brasil, a FGV publica nesta quarta-feira o IPC-S da primeira semana de janeiro deste ano. Já o IBGE também publica na manhã de hoje, um pouco mais tarde, o Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mostra como estão os preços na indústria extrativista e de transformação. Além disso, às 14h30, o Banco Central divulga o fluxo cambial semanal.
Às 10h15, EUA divulgam relatório ADP sobre variação de empregos em dezembro, com estimativa, segundo mediana da Bloomberg, de criação de 160 mil vagas, ante dado anterior de 67 mil vagas.
Na madrugada, a China deve publicar sua inflação de dezembro.
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3. Política
A encarregada de negócios do Brasil na Embaixada brasileira em Teerã, Maria Cristina Lopes, terá um novo encontro nesta quarta-feira com funcionários da chancelaria iraniana em Teerã, informa o jornal O Globo. Os iranianos se disseram “decepcionados” com o Brasil nos últimos dias, após o governo do presidente Jair Bolsonaro ter dado apoio à operação de ataque contra o general Qassem Soleimani, morto na sexta-feira passada em Bagdá por mísseis disparados de um drone americano.
Segundo a Folha, o Brasil disse ao Irã que a nota do Itamaraty não é manifestação contra o país. Segundo o jornal, Irã sinalizou que, apesar do desconforto com a nota do Brasil em apoio aos EUA, o país pretende manter relação pragmática com o Brasil. Por ora, o Itamaraty não vê sinal de retaliação do Irã, que importa produtos agrícolas do Brasil.
4. Carlos Ghosn
O ex-executivo-chefe da Renault, Nissan e Mitsubishi, o empresário franco-brasileiro-libanês Carlos Ghosn, dará uma entrevista coletiva hoje em Beirute onze dias após a sua fuga espetacular do Japão, onde ficou mais de um ano e meio detido, primeiro na cadeia, depois em prisão domiciliar. Ghosn deverá falar à imprensa às 10h (hora de Brasília), informa o jornal Valor Econômico.
5. Noticiário corporativo
O Banco do Brasil fechou onze contratos de fianças bancárias com a Petrobras, no valor de R$ 698,6 milhões. Os contratos são para a petrolífera comprar capacidade de transporte de gás natural na Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) em 2020 e 2021. Já a Cemig negou que queira vender, por enquanto, o restante da sua participação na sua subsidiária Taesa.
Ainda em destaque, o governo de São Paulo realiza leilão do lote de rodovias estaduais Piracicaba-Panorama (Pipa) na B3, às 9h. O certame, primeiro da administração do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), será um termômetro importante para medir o apetite dos investidores pelas estradas paulistas. No total, a concessão tem previsão de investimentos da ordem de R$ 14 bilhões em 30 anos.
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