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SÃO PAULO – O presidente Jair Bolsonaro assinou, nesta terça-feira (19), a ficha de desfiliação do PSL. O movimento ocorre uma semana após o mandatário reunir-se com aliados e anunciar sua saída do partido e no mesmo dia em que a convenção nacional do PSL reconduziu o deputado federal Luciano Bivar (PE) ao comando da sigla.
O documento foi firmado em reunião do presidente com seus consultores jurídicos Karina Kufa e Admar Gonzaga, que estão auxiliando no processo de construção do novo partido Aliança pelo Brasil, no Palácio do Planalto. Está prevista para a próxima quinta-feira (21) a primeira convenção nacional da legenda em criação, que pode ter Bolsonaro na direção nacional.
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Para sair do papel, o partido ainda tem um longo caminho pela frente, sendo o principal desafio a coleta de 492.015 assinaturas de eleitores não filiados a nenhum partido político, distribuídos por ao menos um terço dos estados, com um mínimo de 0,1% do eleitorado que tenha votado em cada. O objetivo de Bolsonaro é concluir o movimento até abril, o que permitiria a participação da sigla nas eleições municipais de 2020.
“A matéria está decidida, não tem volta. O presidente está se desfiliando hoje do PSL. Vamos fazer a convenção na quinta-feira e tocar o partido para a frente. A desfiliação dele será feita pelas vias formais da Justiça Eleitoral. A doutora Karina [Kufa] é quem vai cuidar disso, e já está assinada a desfiliação”, afirmou Gonzaga.
A saída de Bolsonaro do PSL ocorreu em meio a uma disputa com Bivar por maior influência no processo decisório da legenda. O PSL cresceu exponencialmente nas últimas eleições, surfando na onda da candidatura do atual presidente.
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A sigla saiu condição de nanica, com 1 deputado eleito em 2014, para atuais 53 (segunda maior bancada da Câmara). A fatia do partido no fundo partidário também saltou de R$ 538 mil mensais em 2018 para R$ 8 milhões ao mês neste ano. Mas é Bivar quem mantém controle sobre a estrutura partidária. Sem espaço, Bolsonaro optou por começar do zero.
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