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SÃO PAULO – A sessão foi de leves variações para o Ibovespa, com os investidores ainda de olho nos desdobramentos do acordo comercial entre EUA e China. Entre as altas, estiveram as ações da Eletrobras (ELET3, R$ 34,86, +1,51%;ELET6, R$ 36,44, +0,94%) que, após três sessões de queda, voltaram a subir com a proposta de aumento de capital, apesar de diminuírem os ganhos ao longo da sessão.
As empresas de saneamento como Sabesp (SBSP3), Copasa (CSMG3) e Sanepar (SAPR11) chegaram a subir forte após a fala de Rodrigo Maia de que há força na Câmara para aprovar marco legal do saneamento como está e que ele pode ser votado ainda em outubro ou na primeira semana de novembro, mas amenizaram os ganhos. A alta foi mais forte para a estatal paulista, que chegou a subir 3,15%¨uma vez que também foi colocada como a preferida do Itaú BBA no setor de saneamento. Contudo, amenizou os ganhos e fechou praticamente no zero, enquanto a mineira e a paranaense fecharam em baixa de mais de 1%.
Já a Petrobras (PETR3, R$ 30,07, +1,35%; PETR4, R$ 27,60, +1,06%) viu seus papéis ganharem força após a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovar por unanimidade o relatório do senador Omar Aziz (PSD-AM), ao Projeto de Lei 5478/2019, que define o rateio, entre estados e municípios, de parte dos recursos do leilão de petróleo do pré-sal a ser realizado no próximo dia 6 de novembro. A Yduqs (YDUQ3, R$ 38,00, +2,15%), por sua vez, viu suas ações ganharem força após reportagem da revista Exame e da Reuters apontando que a companhia está em negociações finais para adquirir a dona do Ibmec.
Algumas elétricas, por sua vez, caíram forte após a Aneel propor nesta terça novas taxas de remuneração de capital (WACC) para as distribuidoras de 7,17%, reajuste este considerado “abaixo das expectativas do mercado” pelo Credit Suisse. Contudo, os analistas apontam que este não é “um número final”. Equatorial (EQTL3, 97,85, -4,95%), Energisa (ENGI11, R$ 47,38, -3,72%) e Neoenergia (NEOE3, R$ 20,20, -3,21%) caíram forte.
Confira os destaques da B3:
Eletrobras (ELET3;ELET6)
A Eletrobras pretende realizar um aumento de capital no montante de até R$ 9,987 bilhões, com a emissão de novas ações ordinárias ao preço unitário de R$ 35,72 e de novas ações preferenciais classe “B”, pelo preço de R$ 37,50.
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O montante mínimo de R$ 4,054 bilhões deverá ser subscrito pelo acionista controlador, União Federal, mediante a capitalização dos recursos recebidos da União Federal, decorrentes de aportes recebidos a título de Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital (AFACs).
A assembleia geral extraordinária para discutir o aumento de capital será no dia 14 de novembro.
Caso aprovado, o aumento de capital será realizado por meio de subscrição particular de, no mínimo 113,5 milhões e no máximo 222,5 milhões de novas ações ON, e no mínimo 183 milhões e no máximo 54,4 milhões de novas ações PN de classe “B”.
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De acordo com a Mirae Asset, notícia é “positiva para a Eletrobras, para que continue se reestruturando, uma vez que necessita de caixa até que o governo decida se irá privatizá-la ou não”.
Yduqs (YDUQ3)
De acordo com artigo da revista Exame e reportagem da Reuters, a Yduqs, ex-Estácio, estaria em negociações finais com o Grupo Adtalem para adquirir a Adtalem Brasil por R$ 2 bilhões. A Adtalem possui no Brasil Ibmec, Wyden e Damasio Educacional, sendo o Ibmec o ativo mais relevante. O artigo também menciona a base de 110 mil estudantes da Adtalem no Brasil e uma receita anual de R$ 900 milhões.
Segundo o Itaú BBA, à primeira vista, caso essa transação seja confirmada, faria sentido estratégico e financeiro para a companhia considerando os números ressaltados no artigo.
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A estrutura da Yduqs foi criada para permitir que a empresa tenha unidades de negócios independentes com marcas distintas operando em diferentes mercados, mas que fazem parte da mesma entidade.
A Adtalem Brasil poderia ser uma nova unidade de negócios. “Acreditamos que a aquisição da Adtalem poderia potencialmente gerar valor adicional em pelo menos três perspectivas: i) expor a empresa a uma nova e menos cíclica geração de receita, devido ao posicionamento no mercado da Adtalem; ii) aumentar a presença da empresa nos cursos de preparação (Damasio é dedicado a preparar os estudantes de direito para o exame da OAB) e iii) desbloquear potenciais sinergias operacionais e ganhos de escala, entre outros”, destacam os analistas do banco.
JBS (JBSS3)
A JBS informou que sua controlada indireta, Pilgrim’s Pride Corporation, concluiu a aquisição da Tulip no Reino Unido. A aquisição da Tulip, avaliada em £290 milhões (aproximadamente US$ 354 milhões ao câmbio de 1,22 do dia 27 de agosto de 2019), foi aprovada por unanimidade pelo Conselho de Administração da PPC e será financiada com a utilização de recursos disponíveis em caixa.
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Petrobras (PETR3;PETR4)
A Coluna Painel S.A. da Folha traz que a venda da Liquigas ao consórcio formado por Itaúsa, Copagaz e Nacional Gás Butano deve ser anunciada esta semana. Segundo a publicação, a venda deverá ser concluída com o valor aproximado de R$ 3 bilhões, acima dos R$ 2,8 bilhões oferecidos pela Ultrapar no passado.
Para o analista do Bradesco BBI, Vicente Fidalga, se esse valor for confirmado seria positivo à companhia, pois o EV / EBITDA implícito na transação provavelmente seria próximo de 10,0x (Liquigas reportou EBITDA de R$ 273 milhões em 2018). “Esse múltiplo da transação provavelmente inclui o potencial de colher sinergias, uma vez que a Copagaz possui um longo histórico de atuação no negócio de distribuição de GLP”, escreveu.
Segundo o relatório do Bradesco BBI, a aquisição também mostra o apetite que os grupos têm de comprar no negócio de distribuição de GLP, mesmo com a potencial concorrência futura proveniente do gás natural. “Em nossa opinião, o GLP continuará a desempenhar um papel importante no abastecimento de regiões menos populosas em todo o Brasil”, acrescentou.
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Já a a Engie Brasil Energia (EGIE3) ratificou, em assembleia geral extraordinária, em conjunto com a GDF International e com o co-investidor Caisse de Dépôt et Placement du Québec, a aquisição do controle acionário compartilhado da Transportadora Associada de Gás (TAG), cujo controle pertencia anteriormente à Petrobras.
BR Properties (BRPR3)
A BR Properties fechou a compra de duas torres que estão em construção e farão parte do Condomínio Parque da Cidade, em São Paulo. O contrato foi fechado com a HSI Real Estate, e o valor total a ser pago pelos imóveis é de R$ 766,113 milhões.
Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11)
Os preços da celulose de fibra curta (BHKP) na China atingiram US$ 463,90 a tonelada, cifra US$ 1,8 inferior à da semana passada e US$ 14,4 menor na comparação mensal, segundo relatório a clientes publicado pelo Itaú BBA. Já a fibra longa (NBSK) na China atingiu US$ 563,20, retração de US$ 0,9 na semana e US$ 4,9 menor em um mês.
Na Europa, o preço BHKP atingiu US$ 702,49, significando quedas de US$ 24,3 na semana e de US$ 52,1 no mês, enquanto o preço NBSK ficou em US$ 862,53 (-US$ 17,9 na semana e -US$ 30,9 em um mês).
Cemig (CMIG4), Renova Energia (RNEW11) e Light (LIGT3)
A Cemig informou em fato relevante que “ainda está avaliando o negócio e seus direitos decorrentes do Acordo de Acionistas da Renova Energia”. O comunicado foi uma resposta à publicação pela Light de que vendeu suas ações na Renova, equivalentes a 17,17% do capital social dessa companhia, pelo valor simbólico de R$ 1,00 ao CG I Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia.
O fechamento da Transação está sujeito ao cumprimento de determinadas condições precedentes, em especial, as notificações à BNDES Participações S.A. – BNDESPAR, quanto ao direito de tag along total e direto e à Cemig Geração e Transmissão, quanto ao direito de preferência e de venda conjunta.
Varejo
As vendas no varejo cresceram 3,6% em setembro, descontada a inflação, em comparação ao mesmo mês do ano passado, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, o ICVA apresentou alta de 5,8%.
Segundo o índice, as vendas foram impulsionadas pela “Semana do Brasil”, evento organizado pelo governo e que contou a adesão de várias empresas varejistas – que respondeu por 30% da aceleração das vendas de agosto para setembro.
“Os setores de móveis, eletroeletrônicos, lojas de departamento e vestuário puxaram as vendas em setembro. Grande parte das lojas que aderiram à Semana do Brasil está concentrada nesses segmentos”, afirma o diretor de Inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto.
“O resultado de setembro seria ainda melhor não fosse a troca de um sábado, dia forte de vendas, por uma segunda-feira”. Segundo Mariotto, não se deve esperar o mesmo ritmo de crescimento em outubro porque eventos como a Semana do Brasil não ocorrem todos os meses.
Ambev (ABEV3)
O Credit Suisse atualizou sua projeção de preço-alvo para 2020 a R$ 22,00 por ação, ante R$ 20,5 por ação projetada para este ano. “No nosso cenário base, temos uma adição de R$ 1,5por açãoshare vinda do ‘rollover’ do modelo para 2020, R$ 1,00 por ação de uma melhora de 20 bases points no ‘blended cost of equity’ (50 bps positivos de Brasil e 30 negativos de Argentina) e subtraimos R$ 1,00 por ação das nossas revisões de estimativas”, destacou a instituição.
Para o Credit Suisse, os papeis da Ambev sofreram “um pouco” desde o pico recente visto em agosto. “A justificativa para o movimento parece estar principalmente em uma expectativa de resultado pior para o terceiro trimestre”, avalia, ponderando que “boa parte dos ‘headwinds’ já estão precificados”
Segundo o Credit Susse, o Ebitda no Brasil deve crescer aproximadamente 11,6% ano contra ano em 2020. O relatório acrescenta que o múltiplo da Ambev está em 21,5x P/E 2020, “patamar que concordamos não ser uma barganha”.
Elétricas e saneamento
O Itaú BBA possui recomendação outperform as recomendações da Cesp, com preço-alvo de R$ 34, e da Equatorial, com preço-alvo de R$ 125.
Ao mesmo tempo, os analistas do banco possuem recomendações neutras para Cemig, a preço-alvo R$ 15 e Energias do Brasil, com preço-alvo de R$ 22. Cteep possui recomendação underperform, com preço-alvo de R$ 22 e marketperform para Omega Geracao, com preço-alvo de R$ 37.
“Temos uma visão positiva do setor de eletricidade, considerando taxas de juros baixas, regulamentação sólida, retornos regulatórios atraentes e potencial de recuperação da provável recuperação da demanda de energia”, diz o Itaú BBA.
A instituição vê uma perspectiva favorável no setor de eletricidade, mas com menos vantagem no segmento de transmissão.
As ações favoritas são Cesp, Copel (preço-alvo de R$ 65), Sabesp (preço-alvo de R$ 64), Equatorial, Energisa (preço-alvo de R$ 64), Eneva (preço-alvo de R$ 36) e CPFL (preço-alvo de R$ 39).
Os papéis menos preferidos, com recomendação underperform, são Cteep e Engie (com preço-alvo de R$ 40).
No segmento de Saneamento, o Itaú BBA rebaixou as recomendação de Sanepar e Copasa, a market perform, com preços-alvos, respectivamente, de R$ 111 e R$ 64.
Even (EVEN3)
A incorporadora Even apresentou no terceiro trimestre vendas líquidas de R$ 261 milhões (parte Even) – pouco abaixo das registrada no mesmo período do ano passado, de R$ 265 milhões. Segundo a empresa, deste total, R$ 78 milhões referem-se as vendas dos lançamentos, ante R$ 87 milhões de um ano antes.
A velocidade de vendas (VSO) ficou em 12% entre julho e setembro, ante 13% de igual intervalo do ano passado. Já o VSO de lançamentos foi de 32%, ante 68% de um ano antes. No terceiro trimestre, foram lançados quatro empreendimentos, que totalizaram R$ 239,5 milhões (parte Even). No mesmo período do ano passado, os lançamentos somaram R$ 128 milhões.
No terceiro trimestre, foram entregues quatro projetos, que equivalem a R$ 389,5 milhões (Valor Geral de vendas de lançamento parte Even) e 560 unidades. Há um ano, o VGV havia sido de R$ 259 milhões, com quatro empreendimentos e 949 unidades. Os distratos somaram R$ 88 milhões no terceiro trimestre, contra R$ 121 milhões do mesmo intervalo de 2018. .
O Credit Suisse avaliou que os resultados preliminares da Even “não pareceram muito animadores”. “Apesar de lançamentos fracos serem esperados, pela já que a maior parte dos projetos será lançada próxima ao fim do ano, as vendas ainda ficaram um pouco aquém das expectativas”, afirmaram.
“A performance operacional do terceiro trimestre indica que o reconhecimento de receitas provavelmente vai cair neste trimestre, o que deve levar a uma redução de lucros novamente”, destacaram.
No entanto, o Credit Suisse avalia que a empresa poderá ter um melhor momento operacional e lucros do quarto trimestre em diante, com maior número de lançamentos e com a atividade de construção de projetos maiores, como Fasano ganhando impulso.
(Com Agência Estado e Bloomberg)
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