Fundos imobiliários de hotéis tiveram retornos de até 29% em 2018; conheça

Diogo Canteras, sócio-diretor na HotelInvest Canteras & Associados, é convidado do programa Fundos Imobiliários desta sexta-feira

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Com a perspectiva de retomada do mercado imobiliário em geral, os fundos de investimento imobiliário (FIIs) estão entre os mais buscados para 2019. Dentre eles, fala-se em mercados mais “óbvios”, como escritórios e shoppings, mas é interessante lembrar que dinheiro no bolso alimenta também o apetite pelo turismo. É aí que entram os FIIs de hotelaria.

Em 2018, a hotelaria chegou no primeiro lugar entre os fundos mais valorizados do ano. O FII Hotel Mx (HTMX11) deu retorno de 28,99%.

Fundado em 2007, este fundo é uma aposta no setor hoteleiro de São Paulo. À época, principalmente mirando os híbridos entre hotel e condomínio – os condo-hotéis. Em 2012, um momento de queda desta categoria, houve uma pausa deste FII mirando retorno em momento de retomada – que é o momento atual.

Ele é um fundo com previsão de extinção: a ideia é, aos poucos, vender os ativos listados. Quando acabarem, a gestão avalia se faz sentido fazer novas aquisições ou simplesmente liquida-lo. Por isso, além da receita, é importante analisar a situação dos ativos ao cogitar a compra de cotas.

Nesta sexta-feira (11), o programa Fundos Imobiliários recebe Diogo Canteras, sócio-diretor na HotelInvest Canteras & Associados, para falar sobre este mercado, principalmente o fundo destacado em 2018. A entrevista completa está disponível no player acima.

Entre 2017 e 2018, a diária média cresceu para os hotéis deste fundo, bem como a ocupação. Este último indicador, que ficou em 66% no ano passado, chegará em 68% neste ano, estima o gestor. Consequentemente, a diária também sobe.

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Analisando o último ano, Canteras nota que o preço da cota atual está consideravelmente acima do valor patrimonial. Ele não vê, porém, problema nisso. “O que você recebe de rentabilidade operacional dentro do maxinvest já justificaria o preço da nossa cota valer entre 20% e 25% a mais do que o valor patrimonial”, opina.

Sobre o setor hoteleiro em geral, a visão do convidado é otimista. “A demanda hoteleira tem uma correlação com o PIB que é linear enquanto o crescimento do PIB está entre 1% e 3%”, diz Canteras. Quando o PIB cresce acima destes patamares, a demanda por hotéis tende a crescer em ritmo superior.

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney