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SÃO PAULO – A sessão é de alta para a bolsa brasileira seguindo a sessão de ganhos no exterior, com Vale (VALE3, R$ 47,25, +1,66%) e Petrobras (PETR3, R$ 28,65, +1,60%;PETR4, R$ 26,00, +1,56%) registrando ganhos de mais de 1% após a China desvalorizar o yuan menos do que o esperado.
Atenção ainda para os resultados, com Azul (AZUL4, R$ 54,65, +2,88%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 49,06, +1,24%) registrando ganhos, enquanto Braskem (BRKM5, R$ 31,63, -1,09%) tem baixa. Já a Ambev (ABEV3, R$ 20,14, -2,42%) registra queda após ser citada por Antonio Palocci e após ter a recomendação reduzida pelo Itaú BBA para marketperform (desempenho em linha com a média do mercado) 15 dias após ter a recomendação elevada pelo mesmo banco.
Confira esses e outros destaques:
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Banco do Brasil (BBAS3)
O Banco do Brasil reportou lucro líquido ajustado do segundo trimestre deste ano de R$ 4,4 bilhões, cifra 36,8% maior se comparado ao segundo trimestre de 2018. O resultado foi influenciado pelos aumentos da margem financeira bruta e das rendas de tarifas além do controle de custos, que desempenharam abaixo da inflação, destaca a empresa.
A carteira de crédito ampliada totalizou R$ 686,6 bilhões ao final de junho, queda de 0,4%, na comparação com junho de 2018. No mesmo período, a carteira PF ampliada cresceu 7,8% (+R$ 14,7 bilhões), fruto do desempenho positivo em crédito consignado (+R$ 6,0 bilhões), em empréstimo pessoal (+R$ 4,8 bilhões) e financiamento imobiliário (+R$ 2,5 bilhões).
A carteira de crédito classificada PJ retraiu-se 7,8% em junho ante igual mês do ano passado, principalmente pelo volume de amortizações no segmento de grandes empresas (-R$ 17,0 bilhões). No segmento MPME, que considera clientes com faturamento anual de até R$ 200 milhões, destaque para o crescimento de 37,1% na linha capital de giro (+R$ 6,9 bilhões).
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O crédito rural apresentou desempenho positivo de 0,7% (+R$ 1,1 bilhão), com destaque para as carteiras de FCO Rural (+R$ 2,6 bilhões), Investimento Agropecuário (+R$ 2,5 bilhões) e Pronaf (+R$ 231 milhões). O BB desembolsou R$ 82,3 bilhões no Plano Safra 2018/2019, aumento de 2,4% em relação ao plano anterior.
O índice de inadimplência de mais de 90 dias (relação entre as operações vencidas há mais de 90 dias e o saldo da carteira de crédito classificada) alcançou 3,25% em junho de 2019. Ao desconsiderar o efeito de um caso específico, o índice seria de 2,61%.
Em junho de 2019, o índice de Basileia foi de 18,6% e o índice de capital nível I de 13,4%, sendo 10,01% de capital principal.
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Segundo o analista do Morgan Stanley, Jorge Kuri, os resultados operacionais do Banco do Brasil vieram mais fracos do que o esperado (12% abaixo das estimativas do banco). Os números foram impactados pela mais baixa recuperação do crédito e aumento das provisões. Do lado positivo, os empréstimos no varejo subiram 15% na comparação anual. “Empréstimos a pessoas físicas cresceram 2% em relação ao trimestre passado e 8% na comparação com o mesmo período do ano passado”, destaca.
Petrobras (PETR3;PETR4)
A Petrobras alterou a divulgação dos preços da gasolina e do óleo diesel em suas refinarias em seu site. Em vez do litro, unidade de medida adotada até então, a empresa passou a adotar o metro cúbico. Além disso, passou a informar as diferenças de preço por modal de entrega. Os preços divulgados pela Petrobras valem para a modalidade de pagamento à vista, e neles não estão incluídos os tributos.
No site, a Petrobras informa também que a publicação atende resolução da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A agência exige, agora, que os agentes de mercado informem os preços dos seus produtos. A medida faz parte da estratégia do órgão regulador de dar transparência ao mercado.
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A petroleira informou ainda que realizou operação de venda total de seu hedge de petróleo, que tinha por objetivo proteger parcialmente o fluxo de caixa operacional da companhia em cenários de baixas de preços. Assim, foram negociadas integralmente suas opções de venda referenciadas à média das cotações do petróleo tipo Brent, de abril até dezembro de 2019.
“A liquidação das opções está fundamentada na redução significativa de incertezas de fluxo de caixa relacionadas à realização do Plano de Negócios e Gestão da companhia para o ano de 2019, com revisão do orçamento de capex de US$ 16 bilhões para um intervalo de US$ 10 a US$ 11 bilhões, entrada de caixa de US$ 12,8 bilhões devido a projetos de desinvestimento e início da execução de um amplo programa de redução de custo”, diz a empresa.
Já o jornal Valor Econômico destaca que as empresas interessadas na aquisição da distribuidora de gás Liquigás poderão entregar propostas vinculantes até o dia 16 de agosto.
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Ambev (ABEV3)
O Valor destaca que a Câmara Superior do Conselho Administrativo de Recursos Federais validou multa de R$ 2 bilhões referente a IRPJ e CSLL na amortização de ágios entre 2006 e 2010 no processos de fusão entre Ambev e InBev. Segundo a publicação, o mérito da questão será discutido na Justiça e já há liminar favorável à empresa. O total da autuação é de R$ 5,5 bilhões, segundo o formulário de referência da empresa.
Ainda sobre a Ambev, o Estadão informa que o ex-ministro Antonio Palocci relatou à Polícia Federal “pagamentos indevidos” da Ambev aos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff e a ele próprio. O interesse da companhia seria impedir a elevação de impostos sobre bebidas. A Ambev não comentou e o PT negou as acusações.
Braskem (BRKM5)
A petroquímica Braskem reportou um lucro líquido atribuível aos acionistas da companhia de R$ 129 milhões no segundo trimestre deste ano, representando uma queda de 91% na comparação com o primeiro trimestre deste ano e retração de 76% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. A receita líquida de vendas somou R$ 13,3 bilhões no segundo trimestre, queda de 3%.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) recorrente foi de R$ 1,611 bilhão, queda de 49%. Em dólares, a empresa reportou alta de 12%, explicada pelo melhor desempenho operacional das plantas de PP nos Estados Unidos; maior volume de vendas de químicos no mercado brasileiro; e alta nos spreads internacionais de químicos e manutenção dos spreads de PP nos Estados Unidos em patamares elevados.
A Braskem reapresentou ainda os resultados do primeiro trimestre deste ano, com destaque para o reconhecimento de créditos de PIS/COFINS pela exclusão do ICMS de ações transitadas em julgado até 31 de março, referentes ao período de junho de 2002 a dezembro de 2011, no valor de R$ 544 milhões. Inicialmente, a empresa havia registrado os créditos referentes ao período de janeiro de 2012 a fevereiro de 2017. Dessa forma, o crédito total registrado em 31 de março de 2019 foi de R$ 1,809 bilhão.
SulAmérica (SULA11)
A SulAmérica apresentou lucro líquido de R$ 260,5 milhões no segundo trimestre, cifra 92,6% acima da registrada no mesmo intervalo do ano passado. As receitas consolidadas totalizaram R$ 5,4 bilhões, alta de 7,0%.
O índice combinado atingiu 98,6%, uma melhora de 0,3 p.p. na comparação trimestral, enquanto o índice combinado ampliado somou 95,6%, piora de 0,1 p.p.. A sinistralidade ficou em 77,4%, idêntica à reportada um ano antes.
O resultado financeiro foi positivo em R$ 159,4 milhões no segundo trimestre, cifra 5,2% inferior a do mesmo período do ano anterior.
Para os analistas Eduardo Nishio, Marcel Campos e Felipe Reboredo, do Brasil Plural, os resultados do segundo trimestre da Sulamerica mostraram uma continuidade na evolução da sua unidade principal de saúde, o que garante a manutenção da recomendação overweight (desempenho acima da média do mercado) para a seguradora.
A receita líquida recorrente saltou 46% na comparação anual, para R$ 198 milhões, 4% acima da projeção do Brasil Plural e 13% maior que o consenso de mercado. “As unidades de saúde e de planos odontológicos foram os destaques do trimestre”, apontam os analistas.
Daycoval (DAYC4)
O Banco Daycoval teve lucro líquido de R$ 163,1 milhões no segundo trimestre deste ano, desempenho 29,1% superior ao reportado no mesmo período do ano passado. Já o lucro recorrente somou R$ 228 milhões, alta de 19%.
A receita de operações de créditos recuaram 0,4%, para R$ 780,8 milhões. Já o total de ativos somou R$ 30,4 bilhões, expansão de 7,2% ante o primeiro trimestre e de 17,7% na comparação anual.
Enauta (ENAT3)
A Enauta apresentou um lucro líquido de R$ 20,4 milhões no trimestre segundo trimestre, 76% menor quando comparado ao mesmo período do ano passado, “em função de um menor resultado operacional e financeiro, além da adoção da norma IFRS 16 válida desde janeiro de 2019”
O Ebitdax foi de R$ 99,9 milhões, pouco abaixo dos R$ 100,7 milhões do mesmo período do ano passado. Já a receita líquida subiu 16,1%, para R$ 183,8 milhões, puxada pela “contribuição de um trimestre inteiro da produção de Atlanta, que compensou a queda de produção do Campo de Manati”.
NotreDame (GNDI3)
A NotreDame reportou um lucro líquido de R$ 89,6 milhões no segundo trimestre, representando uma alta 74,8% na comparação anual. Já o lucro líquido ajustado subiu 24%, para R$ 130,7 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado atingiu R$ 270,6 milhões, incremento de 49,3%. A margem Ebitda ajustada ficou em 13,3%, alta de 1,3 ponto porcentual.
A receita líquida consolidada totalizou R$ 2,035 bilhões no segundo trimestre, de 34,5% na comparação anual
Totvs (TOTS3)
A Totvs apresentou um lucro líquido de R$ 57,5 milhões de abril a junho, expansão de 88,5%. Em termos ajustado, a empresa informa que a alta seria de 108,7%.
O Ebitda ajustado totalizou R$ 116,2 milhões no segundo trimestre, alta de 40,9%. A margem Ebitda ajustada ficou em 20,6%, aumento de 4,7 pontos porcentuais.
A receita líquida somou R$ 564 milhões, com avanço de 8,8% na mesma base de comparação.
JHSF (JHSF3)
A JHSF registrou um lucro de R$ 5 milhões no segundo trimestre, revertendo perdas de R$ 0,03 milhão do mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, retirando efeitos não recorrentes e sem efeito caixa, o lucro teria somado R$ 50,6 milhões.
O Ebitda atingiu R$ 101,2 milhões, alta de 108%. Já o Ebitda ajustado somou R$ 51,2 milhões, um aumento de 39,3%, com uma margem de 36,4% (+4,6 p.p.). A receita líquida somou R$ 156,3 milhões, um aumento de 21,8%.
BR Properties (BRPR3)
A BR Properties reportou um lucro líquido de R$ 57,07 milhões no segundo trimestre, revertendo prejuízo de R$ 61,7 milhões do mesmo período do ano passado, por conta da melhora nas despesas financeiras.
O Ebitda ajustado atingiu R$ 70,8 milhões, uma queda de 11%. Já margem Ebitda ajustada recuou 4 pontos porcentuais, ficando em 72%.
A receita líquida recuou 6%, para R$ 98,141 milhões.
Comgás (CGAS5)
A Comgás apresentou um lucro líquido normalizado pela conta corrente regulatória de R$ 307 milhões no segundo trimestre, resultado 40,1% acima quando comparado ao segundo trimestre de 2018.
O Ebitda normalizado totalizou R$ 578 milhões no trimestre, alta de 18% em relação, “justificado pela correção das margens pela inflação associado ao maior volume de vendas”.
A receita líquida da companhia atingiu R$ 2,3 bilhões no período, aumento de 47%, “refletindo o repasse do aumento do custo do gás nas tarifas do período, recuperação de conta corrente regulatória e o crescimento do volume distribuído”.
A Comgás revisou para cima sua projeção de capex para 2019 que agora passa a ser de R$ 800 milhões a R$ 900 milhões. Anteriormente a previsão ia de R$ 400 milhões a R$ 900 milhões. Em 2018, o capex ficou em R$ 530 milhões.
Já a projeção para o Ebitda normalizado se manteve inalterada, para uma faixa entre R$ 1,95 bilhão e R$ 2,1 bilhão.
CPFL Renováveis (CPRE3)
A CPFL Renováveis apresentou um prejuízo de R$ 38,5 milhões no segundo trimestre deste ano, o que representou perdas na última linha do balanço 5,4% superiores na comparação anual. O Ebitda recuou 1,9%, para R$ 250,9 milhões, com uma margem de 61% (-0,6 ponto porcentual).
A receita líquida total atingiu R$ 411,3 milhões, queda de 0,9%. A geração de energia somou 1.558,4 GWh (+5,8%).
Ouro Fino (OFSA3)
A Ouro Fino teve lucro líquido ajustado de R$ 15,3 milhões no segundo trimestre, uma queda de 27,5% ante igual período do ano passado.
O Ebitda ajustado somou R$ 34,6 milhões, queda de 15%. A margem Ebitda ajustada ficou em 19,5% (-5,7 p.p.).
A receita liquida, por sua vez, subiu 10%, para R$ 177,7 milhões.
Tegma (TGMA3)
A Tegma apresentou lucro líquido R$ 32,5 milhões no segundo trimestre, uma alta 15,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. O Ebitda atingiu R$ 59,4 milhões, mas, para efeitos comparativos, se desconsiderarmos os impactos do IFRS16, teria atingido R$ 51,2 milhões, alta de 13,3%.
A receita líquida subiu 13,1%, para R$ 331 milhões, refletindo “a melhora da distância média e da quantidade de veículos transportados na divisão logística automotiva”.
Azul (AZUL4)
A aérea Azul reportou um lucro líquido de R$ 345,5 milhões no segundo trimestre, revertendo um prejuízo líquido de R$ 791,4 milhões do mesmo período do ano passado.
O Ebitda somou R$ 733,2 milhões, um avanço de 40,4%, com uma margem de 28% (+1,8 p.p.). Já o Ebit somou R$ 339,9 milhões, o que representou uma alta de 69,9%, com margem de 13% (+3 p.p.).
A receita líquida avançou 31,3%, para R$ 2,617 bilhões, devido ao aumento de 30,5% na receita de transporte de passageiros e ao crescimento de 47,0% em outras receitas.
A Azul ainda revisou suas projeções para este ano, com expectativa da capacidade entre 20% a 22%, sendo com um crescimento de 23% a 25% nos ASKs domésticos e de 10% a 15% na capacidade internacional.
Com a introdução de mais assentos em nossa malha, a empresa prevê ainda que ocorra uma variação entre 0% a 2% nos custos por assento (CASK).
Já a margem operacional se manteve com a projeção de alta de 18% a 20%, de acordo com o padrão IFRS 16.
A XP Research aponta que os resultados referentes ao segundo trimestre ficaram ligeiramente acima do esperado, impulsionados (i) por receitas auxiliares mais fortes que o esperado, e (ii) por custos abaixo das expectativas. “No geral, foi um trimestre positivo, beneficiado por um ambiente competitivo mais favorável”.
A XP reforçou a recomendação de compra para as ações AZUL4, suportada por (i) tendências construtivas na esfera macroeconômica, (ii) racionalidade no mercado e (iii) valuation atrativo em nossa visão, considerando perspectivas de crescimento superiores.
(Com Agência Estado e Bloomberg)
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