Henrique Meirelles não vê capitalização da Petrobras neste momento

Ministro da Fazenda admitiu que o governo terá de analisar uma capitalização para a Eletrobras, mas não da Petrobras

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em entrevista aos jornais Valor Econômico, Folha de S. Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles admitiu que o governo terá de analisar uma capitalização para a Eletrobras (ELET6), mas no momento não considera que seja necessário fazer o mesmo com a Petrobras (PETR3;PETR4).

Ao ser questionado sobre se o sucesso da operação de emissão de títulos feita ontem pela petroleira afasta um pouco a necessidade de capitalização imediata da petroleira, Meirelles respondeu “exatamente”. “Não estamos considerando que haja necessidade disso [capitalização]”, disse ele. Sobre a possibilidade de Pedro Parente assumir o comando da estatal, o ministro ainda destacou que este é um excelente nome, ressaltando em seguida que não estava dizendo que ele seria a “pessoa adequada para esse momento ou se será o escolhido”.

Na entrevista, Meirelles ainda afirmou que a  nova meta fiscal para este ano só será divulgada no início da próxima semana. O ministro da Fazenda afirmou que os dados que serão anunciados na sexta-feira durante o relatório bimestral de receitas e despesas ainda estão muito vinculados à meta atual e que, só no início da próxima semana, ele irá anunciar uma estimativa levando em conta todas as hipóteses atuais. “Vamos revisar e apresentar um número final do início da semana”, disse.

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O ministro da Fazenda ressaltou, mais uma vez, que ainda não tem uma definição sobre a arrecadação com a CPMF. Os recursos com a recriação do tributo estão no orçamento federal, mesmo com a não aprovação, até o momento, do tema pelo Congresso. “Tem que se trabalhar com estimativas. Estimativas têm que ser colocadas com clareza”, frisou.

 (Com Agência Estado) 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.