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SÃO PAULO – Em sua carteira recomendada para o mês de setembro, o BTG Pactual adaptou o seu portfólio para o “fator Marina” após a morte do presidenciável Eduardo Campos, em meados do mês passado.
“Até agosto, víamos uma probabilidade maior de uma reeleição da presidente Dilma Rousseff e trabalhávamos com este cenário. Em meio ao rali, e com os fundamentos da Bolsa se deteriorando, nós avaliamos que o mercado já tinha precificado as chances de uma mudança política no País, o que nos fez recomendar uma carteira defensiva. Porém, após a trágica morte de Campos e Marina Silva emergindo como a nova candidata do PSB, o cenário eleitoral virou de cabeça para baixo, com as últimas pesquisas sinalizando que Marina ganhará o pleito”, apontam os analistas do banco.
Desta forma, apontam os analistas, a Petrobras (PETR3;PETR4) sinaliza como a mais bem posicionada a mudanças na política, o que os levou a mudar o portfólio e incluir o papel da estatal na carteira deste mês. Para eles, a ação ordinária da companhia estatal pode chegar aos R$ 30,00, o que configura um potencial de valorização de 35,50% em relação ao fechamento da última sexta-feira, quando atingiu os R$ 22,14.
“Alguns podem argumentar que a ação já subiu demais este ano, com alta de 43% em relação ao acumulado no ano, ante 19% de alta do Ibovespa. Mas vemos espaço para mais”.
A equipe de análise de petróleo e gás, liderada por Gustavo Gattass ressalta que, apesar da fragilidade dos indicadores econômicos da companhia, o novo cenário político tem impulsionado a confiança dos investidores em tal cenário. “Embora não esperemos grande movimentos de gestão em setembro -que podem ser vistos como uma grande mudança – o crescimento da produção deve continuar, alimentando as expectativas de um balanço mais forte a partir de 2015”.