Alimentação e bebidas ficam mais caros e inflação termina o ano com alta de 5,91%

Segundo dados do IBGE, resultado é 0,07 ponto percentual maior do que o registrado em 2012

Gladys Ferraz Magalhães

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SÃO PAULO – A variação nos preços do grupo Alimentação e Bebidas contribuiu de forma importante para que a inflação, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), registrasse aumento mais intenso em 2013.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano passado, a inflação acelerou para 5,91%, frente aos 5,84% registrados em 2012, uma diferença de 0,07 ponto percentual.

Em dezembro, a inflação medida pelo IPCA ficou em 0,92%, acima do registrado em novembro (0,54%) e do apurado em igual mês de 2012 (0,79%). Segundo o IBGE, este é o maior IPCA mensal desde abril de 2003, quando atingiu 0,97% e, ainda, o maior dos meses de dezembro desde 2002, cujo resultado chegou a 2,10%.

Grupos
No ano passado, a principal contribuição para a aceleração do IPCA partiu do grupo Alimentação e Bebidas, que encerrou o ano com alta de 8,48%. No período, a variação refletiu o aumento nos preços da alimentação fora do domicílio (10,07%).

Além de Alimentação e Bebidas, outros grupos contribuíram para o aumento mais intenso da inflação entre 2012 e 2013, são eles: Despesas Pessoais (8,39%), Educação (7,94%) e Artigos de Residência (7,12%).

Os outros grupos tiveram aumentos menos intensos, ficando da seguinte maneira: Saúde e Cuidados Pessoais (6,95%), Vestuário (5,38%), Habitação (3,40%), Transportes (3,29%) e Comunicação (1,50%).

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Regiões
Entre os índices regionais, Recife apresentou a taxa mais alta de 2013, ficando com inflação de 6,86%. Segundo o IPCA, na cidade, o resultado teve influência dos alimentos, que subiram 9,47% durante o ano.

Salvador, por outro lado, teve o menor resultado do ano, de 5,03%, enquanto São Paulo e Rio de Janeiro terminaram o ano com inflação de 6,09% e 6,16%, nesta ordem.