Bancos ainda não oferecem conta com serviços essenciais gratuitos

Pesquisa do Idec revela que mesmo com norma vigente desde 2008, bancos resistem à conta com operações básicas para a movimentação

Fabiana Pimentel

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SÃO PAULO – Uma pesquisa feita pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) com seis bancos do País revelou que eles ainda não oferecem a conta com serviços essenciais gratuitos.

De acordo com o levantamento, mesmo a opção de conta com serviços essenciais gratuitos sendo regulamentada pelo Banco Central, conforme Resolução nº 3.518/07, e nas Cartas Circulares nº 3.371/07 e nº 3.349/08, o Banco do Brasil e o HSBC não abriram a conta.

Além disso, nenhum dos seis bancos ofereceu a opção espontaneamente e, mesmo quando solicitada, Santander e Bradesco ainda tentaram contornar com oferta de outro pacote pago.

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Levantamento
Segundo o Idec, o HSBC negou a existência da modalidade de conta. O atendente bancário confundiu os serviços essenciais com o pacote padronizado, e alterou a conta do pesquisador para este, que custa R$ 13,50.

De acordo com as normas do Banco Central, esse pacote também deve ser oferecido, obrigatoriamente, pelos bancos, mas ele tem características diferentes das de serviços essenciais (número maior de saques e a não inclusão de folhas de cheque, por exemplo) e é tarifado.

O Banco do Brasil também não realizou a alteração de uma conta paga para outra gratuita. Apesar de ter admitido a existência do pacote de serviços essenciais, o banco alegou que o tipo de conta do pesquisador impedia que o “sistema” realizasse a conversão.

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No Bradesco e o Santander a conta acabou sendo convertida, mas antes tentaram persuadir o pesquisador a continuar com o pacote de serviços contratado. Apenas a CEF e o Itaú não apresentaram nenhum empecilho.

Outro lado
De acordo com o Idec, o resultado da pesquisa foi enviado a todos os bancos avaliados, mas apenas o Santander se manifestou.

O banco afirmou que orienta seus funcionários a buscarem a melhor opção para os consumidores, e que o gerente, ao analisar o perfil do pesquisador, considerou mais adequado para ele outro pacote que não o de serviços essenciais.