Transportes aceleram e influenciam alta da inflação na prévia do mês

Prévia da inflação oficial do País, medida pelo IPCA-15, teve variação de 0,65% em janeiro, alta de 0,09 p.p. sobre dezembro

Viviam Klanfer Nunes

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SÃO PAULO – A prévia da inflação oficial do País, medida pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15), teve variação de 0,65% em janeiro. Frente a dezembro do ano passado, o indicador avançou 0,09 ponto percentual, já que, na medição daquele mês, a inflação ficou em 0,56%, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (24).

A aceleração reflete o aumento dos preços no grupo Transportes, que apresentou inflação de 0,79%, contra deflação de 0,08% do mês anterior. O avanço do grupo, que promoveu um impacto de 0,15 ponto percentual no IPCA-15 reflete, sobretudo, o reajuste das tarifas de ônibus nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte, além dos ônibus intermunicipais em várias regiões.

Além desse grupo, os Alimentos, com inflação de 1,25% em janeiro, também ajudaram a pressionar as taxas de mês, com impacto de 0,29 ponto percentual. Nesse caso, o destaque ficou com a refeição consumida fora do domicílio, com 1,63% em janeiro, ante 1,13% de dezembro. Este foi o maior impacto individual do mês.

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Além disso, vários alimentos consumidos no domicílio também contribuíram para o resultado do mês, com destaque para o tomate (de -1,63% para 11,22%), feijão carioca (de 2,51% para 10,42%), batata-inglesa (de -5,77% para 4,29%), carnes (de 4,36% para 2,03%), frutas (de 1,64% para 1,44%) e arroz (0,62% para 1,06%).

Na comparação com igual mês do ano passado, quando a inflação era de 0,76%, orecuo apurado neste mês é de 0,11 ponto percentual. Em 12 meses, a inflação acumula alta de 6,44%, abaixo dos 12 meses imediatamente anteriores (6,56%).

Outros grupos
Na passagem de dezembro para janeiro, apenas os grupos Alimentos e Transportes apresentaram aceleração. O grupo Habitação teve o mesmo resultado de dezembro do ano passado, de 0,54%. Aqui, aluguel residencial, condomínio e taxa de água e esgoto continuaram em alta. Energia elétrica apresentou queda em janeiro, de 0,28%.

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Saúde e cuidados pessoas passou de 0,41% em dezembro para 0,40% em janeiro. Os demais grupos apresentaram as seguintes variações: Vestuário (de 1,10% para 0,19%), Artigos de Residência (de 0,05% para -0,68%) e Despesas Pessoais (de 0,74% para 0,55%).

Regiões
Entre as capitais analisadas, Rio de Janeiro apresentou a taxa mais alta de janeiro, com inflação de 1,01%. De acordo com o IBGE, na cidade o resultado foi influenciado pelo aumento das tarifas de ônibus urbanos (4%) e intermunicipais (3,01%).

Porto Alegre, por outro lado, apresentou o menor resultado do mês, com acréscimo de 0,39% nos preços. Em São Paulo, a prévia da inflação do primeiro mês do ano foi de 0,60%.